Não consigo,
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Doces, às vezes fazem bem.
Em exagero,
por muito tempo,
nem tanto.
Mas não necessariamente esse doce.
Podemos ser mais doces.
E, se o somos,
estamos de parabéns.
Posso dizer que, o fato
de te fazeres doce,
é o que me faz gostar de
te ver,
te ouvir,
te ler,
enfim.
Mas não apenas isso,
claro.
Descobrir-te pela doçura que tens,
é o que deveriam todos fazer.
A beleza chama atenção e
a duçura prende.
Mais que prende,
envolve.
És por vezes bem quisto,
porque estás no que lembram
as boas coisas.
E te parabenizo
porque não és apenas.
Mas tens mais
que se imagina.
Teu sorriso
é
um ponto de partida.
E o fato de ser teu
é o ponto
mais importante.
E,
se és doce,
mereces o mundo.
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Lembrei de você.
Sabe,
não esperava que fosse acontecer tão cedo.
Mas ontem dormi cansado.
Cai na cama como uma pedra.
E sonhei com coisa nenhuma que
fizesse sentido.
Rá!
Sonhei com você,
não fazia realmente sentido.
Acordei sem saber o que tinha acontecido,
mas sinceramente
eu também não queria saber.
Se eu fazia questão?
Nenhuma.
Às vezes é melhor esquecer os sonhos,
determinados sonhos.
É, você entendeu bem.
Você tinha uns sonhos quaisquer que, bem,
eu nunca tive.
Lembrei de você então.
Só pra você saber:
não me fez bem.
Porque agora eu tive um sonho, mas não vou te contar.
E não adianta querer,
porque, com certeza, não vai acontecer.
Antes eu tivesse me atirado do oitavo andar.
Não no sonho.
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Não quero que me ouça.
Não quero que me perceba.
Não é revolta,
apenas acontece que já quis ser ouvido e percebido.
Mas agora?
Não.
Agora não tenho motivos de querer isso.
Busca-me por todas as ruas e janelas de ônibus.
Mas eu prefiro que a velocidade seja maior e me desfigure.
Por favor, não me procure.
Se procurar que não me encontre.
Mas se me encontrar,
me avise,
que precisarei desfigurar.
Sua expressão não me parece entender.
É uma pena.
Porque me desfigurarei.
E não sei dizer o quanto você vai sofrer com isso,
mas acredito que não vai.
Inclusive
é sempre assim.
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Leio,
diversas vezes,
as palavras que costumam perturbar a mente -
a minha mente.
Leio,
mas não entendo.
Não sei porque aparecem de uma forma tão -
como posso dizer? -
enigmática.
Todas as vezes que entendo alguma delas,
aparecem várias outras que não deixam significado nenhum.
E eu continuo.
Leio.
E nada de elas se fazerem entender em minha cabeça.
Sabe,
existem algumas palavras que seduzem,
mas não as compreendo.
Então tento entendê-las o máximo que posso e
o máximo que elas permitem ser entendidas.
Mas se o significado não existe,
não existe razão de continuar a tentativa.
Então continuo lendo.
E quem sabe mais pra frente,
apareça alguma nova palavra que me faça entender
o porquê de essas velhas palavras não quererem ser
lidas.
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Pensando nas multidões,
cheguei e sentei.
As mortes, as questões e
os grandes pontos de interrogações.
Tudo na cabeça.
Martela,
martela,
martela.
Pensei que fosse, por mil vezes, seguir
e durar,
pra sempre.
Mas não é que às vezes
passa a ser regra.
E a regra não condiz com o que se quer.
Reflita,
reflita,
reflita.
Sombras de dúvidas estão
pairando e pareciam não existir.
Bobagens seriam feitas,
se fosse pensado bem,
mas nada faz com que se
relute,
relute,
relute.
Predominaram as imaginações
e mais coisas que não sei.
Só o que se confirmou
é que certas razões não são razões.
Esqueça,
esqueça,
esqueça.
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é porque está faltando em mim.
Mas se as sobras são minhas,
não quer dizer que te falte algo.
Queria poder ser como você,
mas sempre que te sobra,
eu penso como seria bom
se fossem as minhas sobras em ti.
Acontece que hoje estou em falta
e, se é falta,
não me consigo nas sobras,
não me encontro em lugar nenhum.
Em ti também falta,
sei que não há nada que te faça sobrar.
Sobrar de transbordar,
sempre foi bom pra você
o transbordar.
Mas sei também
que hoje te falta
a minha falta.
É como eu pensei,
nossas faltas se completam,
e sobramos juntos.
Transbordamos juntos.
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Sai daqui.
Eu cansei de olhar sua cara,
cara de desprezo,
de sei lá o que.
Como se eu não fosse nada mais que
um pedaço de nada no meio da rua.
Sai daqui.
Volta lá pro seu cantinho.
Eu tava tão quietinho.
Fiquei tanto tempo sem precisar te ouvir.
É eu sempre soube o que você tinha pra me dizer.
Sabia que não gostaria.
Então?
Sai daqui.
Vai deixando essas fotos que eu te dei
e que você aqui pra provar sei lá o que.
Sério.
Sai daqui.
Sai daqui e
e me esquece.
É o mínimo que você pode fazer.
E não é nem por mim mais.
É só por você, tá?
Que fique bem claro.
Sai daqui.
E me deixa ver meu programa preferido.
Você tá na minha frente.
O que eu vou fazer daqui pra frente?
Isso é comigo.
Já o que você vai fazer
não me interessa muito.
Vai.
E bate a porta quando sair.
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Em um dia de chuva,
uma foto em preto e branco.
Guardei aquele momento longe de mim por muito tempo.
Triste. Melancólico.
Eu.
O tempo
todo.
Mas apareceu,
você apareceu.
Resgatando tudo isso.
E eu não sabia se era bom.
Foi bom um dia.
Poderia ser
novamente?
Acho que não acredito.
Praticamente ninguém
crê
em mim.
Nem eu.
Eu me confundi.
Perdi algumas cores e,
naquela foto
em preto e branco,
eu encontro todas as cores que me restam.
Todas elas.
Perdidas e confusas como eu.
Não se reconhecem,
mas eu sei que
elas todas estão ali.
Pena que ninguém enxerga.
Mas não precisa,
elas só fazem sentido pra mim.
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Meu quarto estaria escuro,
não fosse meu computador ligado.
Meu corpo estaria descansando,
não fosse minha vontade por tuas notícias.
Minha paciência estaria no fim,
não fosse tudo que sinto por você.
Mas acho que já é hora de parar.
Não pra pensar.
Parar pra pensar é fácil,
parar pra agir é certo.
Às vezes, parar de agir é o certo.
Ah, você parou de agir,
eu parei de pensar.
E nada disso foi certo.
Então,
meu quarto já está escuro,
meu corpo descansa,
e a paciência,
paciência!
Boa noite.
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e eu chorei. Claro, primeiro eu corri pra bem longe, mas chorei.
Você sabia muito bem que isso aconteceria, por isso sorriu. Pra me machucar e me deixar daquele mesmo jeito que me deixou da última vez: arrasada. Todos me dizem que você não vale uma lágrima. Mas quanto vale uma lágrima? As suas nunca valeram nada. As suas eram sempre da forma mais mentirosa possível. Mas as minhas...
as minhas me valem, porque, junto com cada uma, vai embora um pedaço de mim. E te digo que já não me sobram tantos pedaços.
Se você hoje está bem, espero que continue bem. E bem longe de mim. Não quero ver tua felicidade apesar de desejá-la. Seja feliz, é assim que a gente diz. Espero que seja, mas nunca mais quero ver o teu sorriso, porque foi ao vê-lo que descobri que eu nunca mais vou poder sorrir.
Agora escrevo isso na areia e sei que logo as ondas vão guardar essas minhas palavras. Agora vou pra casa tentar viver. Mas se não conseguir, eu durmo. Só espero não sonhar.
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Estava louca, louca.
Diziam que era normal,
mas pra ela nem era.
Sonhava todos os dias com ele.
Segurava e despejava nele todas as emoções.
Dores, tristezas,
um monte de sentimentos mais negativos,
mas também
despejava alegrias e sentimentos bem vividos.
Sonhou com ele por uns 18 anos.
Era pra ele que ela guardava
todas as suas emoções.
Tanto sonhou
que um dia o encontrou.
Aquele palco era todo seu.
E o seu microfone, o mais sonhado, estava lá
esperando que suas emoções falassem,
cantassem.
Seu sonho,
seu maior sonho.
E agora sua maior felicidade.
Aplausos.
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Acordei e estava ainda sonhando.
Um grande sorriso grande nos lábios
Sabia que o dia seria dos melhores,
porque você estava ali pra mim.
O coração saltando, aos pulos de feliz.
A felicidade "mais maior" de todas as felicidades "mais maiores".
Alegria de toda a vida, alegria em um momento.
Alegrei de toda vida num momento.
Um momento!
Preciso falar com você.
Preciso ler nos seus olhos que isso tudo não é só meu.
Então vou saber que minha explosão de felicidade é culpa tua.
E espero saber que o retorno existe, porque já não seria tão feliz.
Mas nada parece que vai reduzir ou estragar essa minha felicidade tão exageradamente feliz.
Que vem explosiva me fazendo bem e me fazendo ser "mais maior" do que nunca fui.
Toda felicidade do mundo está comigo.
Ou, pelo menos, toda a minha parte da felicidade do mundo está sendo utilizada,
porque você está comigo.
Que super bom que é uma super felicidade tão redundante assim.
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Quando chega o cansaço,
se tem vontade de explodir.
Às vezes ele te faz querer sumir.
Queria sumir.
Mas não sumi.
Relações defeituosas vão acontecendo e
o cansaço não fala,
nem avisa,
só chega.
Sem preparação nenhuma, ele vem
e se aloja
e fica
e destroi.
A gente fica e,
quando ele quer,
ele vai.
E volta.
E vai.
E volta.
Sem a gente nem chamar.
Cansei.
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Ele lhe deu sorrisos, momentos de alegria, sorrisos de felicidade, paz, alguns até sem motivo. Ele era uma boa companhia e uma boa recordação.
Deu também medo, ansiedade, discussões, problemas que eram rapidamente resolvidos, outros que passavam bem mais tempo para se resolverem. Dalva não gostava de pensar que poderia perdê-lo. Sentia prazer em estar com ele, em fazer parte de tanta coisa boa, de tanta coisa proveitosa que acontecia nas suas vidas. A relação deles foi, acima de tudo, construtiva. Não importa o quanto durou, importante é que foi contruído o que precisava ser. E nada, nenhum presente foi mais bem recebido do que todas as lágrimas de aprendizado que nasceram em seus olhos e morreram em seu coração, porque este foi o ponto de recomeço que ela encontrou e foi nele que se apegou para, talvez, até reviver tudo isso. Seu coração já não era mais tão frágil e agora ela se sentia pronta para enfrentar o que viesse.
Presente: Coragem.
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Leva em seu sorriso todo o meu encanto
O amor não vacilaria se te tivesse em meus braços
Meus lábios poderiam tremer, mas não te deixaria escapar
Porque é disso que precisamos.
Levo em meus olhos todo teu encanto
Guardo nas profundezas do peito todo sentimento
E todos os nossos sonhos,
porque é neles que nos realizamos.
Levo no meu corpo as marcas
Todas as cicatrizes de um amor que não passa
Tua pele me fere
Mas por não existir em mim.
Levo em meu rosto o desespero
de te esperar e não te entender tão longe.
Tuas lembranças me deixam triste.
Você não está e eu vou ficando,
como sempre fiquei,
louco
cheio de saudades
de algo que nunca tive.
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Mexe comigo como ninguém
Seu corpo reflete meus desejos
como meus olhos refletem o amor
Ela é o que mais quero
No mais forte dos sentimentos
Minha vida tem sentido quando a encontro
E a pego nos braços e sinto o desejo de estarmos juntos
Lembro de tudo que já vivemos e sei que também se lembra
Como um unico sentimento
É tudo que mais desejo
Quantas vezes sonhei com seu sorriso
Que me joga na cara toda a verdade
Que me faz perceber todo o valor de viver
Ela sabe me usar
Sabe do que é capaz e me faz mais feliz por isso.
Quantas vezes eu vivi com seu olhar
Que me encanta e faz sonhar
Que me mostra o verdadeiro jeito de amar
Ela sabe me usar
Mostra que sempre é capaz de me fazer sorrir
É isso que quero
Encontrá-la em meus braços e fazê-la sorrir
Viver para nós e amar até o fim.
É isso que eu quero
Abraçá-la e fazê-la feliz
Viver para nós e sonhar até o fim.
Parabéns pra mim.
Feliz 21.
Não quero deixar de sorrir.
Não pode ser assim.
Quero felicidade.
Mais felicidade, mais tempo pra minhas realizações.
Eu preciso de mim e espero estar sempre ali pra mim mesmo. :)
Parabéns pra mim.
Vieram 21.
Se virão mais 21...
... Só Deus sabe.
Obrigado, Deus.
Obrigado, pessoas que gostam de mim.
Obrigado por tudo.
Amo vocês, amo.
Porque vocês valem muito.
Muito.
Muito.
Beijinhos doces. o_
:)
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Guardei porque não sabia que como usar e não entendia como tão pouco me faria feliz.
Acontece que aquilo era toda a felicidade que você tinha e que, por algum motivo, me deu. Foi assim que me fez especial.
Entendi com custo o que você quis dizer e logo tratei de cuidar de teus pedaços de felicidade, com pouco tempo a gente já tinha muita. Pedaços de todas as formas, por todos os lados Conseguimos multiplicar aquele pouco de felicidade de começo incontáveis vezes mais.
Momentos de felicidade, pedaços de felicidade nos fizeram bem por muitos momentos. Felicidade nunca faltou, nunca foi um problema.
Foi bom, até que um dia eu acordei e vi que você havia levado aquela felicidade toda embora.
Levou toda a sua e, talvez por engano, levou a minha junto. E os dois pedaços que ficaram sobre aquela cama já não me eram suficientes.
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Mais um selo chegou do "Exercite sua Vida".
Quero muito agradecer a Thais. :)
Muito obrigado e um beijão. ^^
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Mais uma vez recebi um selo. :D
Dessa vez foi lá do "Aprendi com o Filósofo..."
Ah, só quero agradecer mesmo. :)
Muito, muito obrigadooo... ^^
:*
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Moço,
Eu tenho um amor.
Um amor que não cabe em mim e que me faz sentir bem.
Um amor que faz sentir que eu posso ser feliz.
Um amor que me faz enxergar tudo mais bonito ao redor de mim.
Um amor que me deixa em paz, um amor que me consola.
Um amor que só me traz alegrias e sorrisos aos lábios.
Um amor que me ama.
Um amor que eu amo.
Te amo.
Alguém.
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Gente, recebi 2 selos...
Queria muito agradecer a Fernanda e a Josi. :D
A Fernanda do Degustação Literária, que eu atoron, me mandou esse aqui.
Já a Josi do Minhas Misturas me mandou esse.
Quero muito agradecer a todo mundo que lê e que faz parte desse humilde espaço aqui. :D
:*
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- Posso te ligar?
- Pode sim.
- É, alô.
- Oi? É você?
- Te amo.
- Eu também.
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Todo amor chegou, mas com ele sempre havia um obstáculo. Certas coisas que fizeram sofrer, que fizeram chorar. Não suportava tanto sentimento ter que ser guardado por causa de uma distância. Tanta reciprocidade que se perdia em quilômetros e mais quilômetros. Todas as noites aquilo vinha na cabeça e não podia dormir. E, quando dormia, sonhava com todos os carinhos desperdiçados e loucos para existir.
Carinho, respeito e amor. Bom, não era só isso que sentia. Não conseguia descrever tudo aquilo. Todos os dias que conversavam ficavam mais lindos e perfeitos. O amor nunca havia existido daquela forma. Especial e impotente.
Sempre quis sentir tudo isso, sempre quis acreditar no amor e se fazer importante para outra pessoa. E, naquele momento, significava muito. Mas podia sonhar. E este era exatamente o problema, uma vez que sonhar era tudo que podia. Sonhava, imaginava, desejava, mas a realidade era sempre mais forte. Uma realidade que parecia doentia. Uma realidade que significava uma separação forçada, dolorosa. Aqueles dois desejos eram ardentes. Eram sedentos de todo o carinho, de tudo. E um dia se realizariam. Havia a esperança.
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Todas as tardes, ela arrastava a cadeira até a porta de sua casa. Sentava e se permitia respirar aquele ar puro. O vento leve deslisava em seu rosto e balançava os seus cabelos. Ela pensava em seus filhos, seus netos e em toda a sua vida. Parecia um momento triste, já que ela deixava tantas lágrimas escapulirem. Acontece que, na realidade, ela estava muito feliz de ter chegado até ali.
Sonhou intensamente, da mesma forma que viveu e amou. Tão querida, tão humilde. Três filhos, um deles morto, grande foi sua dor e seu penar para sobreviver sem um pedaço de si.
Já não tinha seu marido, levado pelo coração-carne cansado, mas que deixou as lembranças de um coração-sentimento tão forte e cheio de sonhos. Luíza lembrava de tudo, não fazia questão de esconder a dor, mas fazia questão de mostrar que estava feliz e que viveu milhares de bons momentos. Tinha muitas histórias a contar e seus netos adoravam.
Sentava na cadeira de balanço e contava como havia conhecido o seu marido, José, seus passeios, os nascimentos dos filhos e muitas outras coisas, enquanto mostrava fotografias.
Seu filho mais velho, Jorge, veio com enorme alegria, foi bem planejado e amado. Tornou-se um médico respeitado e casou-se com uma jornalista. Luíza adora a Carolina, mulher de força e coragem. O casal tem dois filhos: Suzana, uma menina de seis anos que sonha em ser professora e Raul, um garoto de oito anos que quer ser astronauta.
A segunda filha de Luíza é a Letícia, professora do curso de história, namora um ex-aluno, Rogério. A diferença de idade não é problema para eles - que tanto se amam. Letícia está grávida de oito meses e seu filho se chamará Lucas. Suzana adora conversar com sua tia e perguntar sobre suas aulas. Da mesma forma, Letícia adora sua sobrinha e tira todas as suas dúvidas.
Carlos, o terceiro filho de Luíza, estava prestes a se formar em engenharia. Era outro orgulho da mãe. Até que houve um acidente e ele acabou falecendo. Luíza sofreu demais com a situação. Ama sua família e sente muita falta de Carlos. Seus filhos são sua vida e a cadeira de balanço, uma companhia.
Luíza não sabe, mas hoje, irá se sentar na sua cadeira de balanço, como de costume, respirar fundo e dormir. Dormir para sempre, mas o sorriso nos seus lábios vai mostrar como ela se sente realizada.
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Milhões de estrelas
me contam segredos,
me dividem em pensamentos
de prazer e de outros medos.
Sonhar com estrelas,
segredos brilhantes,
encantam meus olhos
como nunca antes.
Me perdi entre estrelas
por querer estar perdido.
Acreditei ser uma delas
Música ao meu ouvido.
Agora esqueceram as estrelas
E, de todas, eu fiquei.
Era hora e o sol surgiu.
Então aguardo a noite e estrela estarei.
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O resultado não poderia ser diferente: fim de um namoro de 1 ano e três meses. Eduardo aguentou enquanto pôde. O mérito de o namoro ter durado todo esse tempo foi mesmo dele, que deixou muitas possíveis discussões passarem. Um rapaz tão tranquilo, que explodiu na última discussão. Essa explosão de Eduardo não o fez bem. E nem havia como fazer.
Rafaela o viu dando carona para um colega de trabalho, mas há muito tempo já desconfiava dos dois. Ela errava por levar muito a sério o seu "lema de vida": 'Antes de acreditar, desconfie.' Isso foi cansando Eduardo, até que ele não aguentou mais.
Hoje, graças a isso, Eduardo namora sua colega de trabalho, Natália. E, desde que começaram, Rafaela o atormenta por dizer que sempre esteve certa. E o convidou para o jantar.
Dessa vez Eduardo foi. Disse tudo que queria para Rafaela. Discutiram, claro. Eduardo jogou o dinheiro da conta na mesa e foi embora. Dessa vez para sempre.
Rafaela ficou sentada terminando de jantar sozinha. Até que as lágrimas vieram fazer companhia. E não a deixaram até que o dia chegasse. Rafaela sabia que, agora, amava Eduardo.
Tarde demais.
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Corre pelas veias
como sangue.
Como parte de meu funcionamento,
de minha existência.
Me acompanha sempre.
Quando durmo,
quando sonho.
É tão simples de sentir,
mas também tão difícil de entender.
Nos meus olhos está
como minhas boas visões.
Em mim está
como eu mesmo,
como meus desejos.
Minhas ações são
completamente
voltadas a ele.
Faço por ele,
porque ele muito faz
por mim.
Meu corpo,
cabeça,
movimentos de quaisquer tipos
têm amor.
Porque dele fui feito.
Através dele fui feito.
E é por ele que quero viver.
E morrer.
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Precisei de sorrisos.
Não acreditava.
Eles nunca me faltavam!
Mas tive que comprá-los.
Na loja de sorrisos,
havia muitas cores e tamanhos.
O vendedor com um grande sorriso me atendeu:
"O que deseja, senhor?"
Grande parte dos vendedores
tinha um sorriso belo e,
aparentemente, verdadeiro.
Uma das vendedoras
tinha um sorriso
amarelo.
E há muito tempo não conseguia vender.
Sorrisos fora da validade
eram doados a pessoas que precisavam muito.
E logo faziam uso de seus "novos" sorrisos.
Eu continuei procurando meu sorriso.
Gargalhadas,
sorrisos grandes, médios e pequenos.
Verdes, brancos e vermelhos.
Mas eu redescobri minha fonte
e não necessitei mais comprá-los.
Alegria!
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"Querido Diário,
Hoje eu briguei outra vez com a minha mãe. Eu fico triste, porque gosto muito dela e não gosto de ver que ela está triste por minha causa.
Boa noite."
Marina sentia que sua relação com a mãe era muito difícil. Não podia deixar de amá-la, mas sabia que não era como devia ser. E a menina ficava muito triste.
"Querido Diário,
Hoje fiz 13 anos de idade, fiquei muito feliz, porque fiz as pazes com a minha mãe e ela me beijou várias vezes. Meu pai veio me ver, mas teve que sair rápido por causa do trabalho dele. Pelo menos esse ano ele veio, estou feliz.
Boa noite."
Os pais de Marina se separaram logo que ela fez oito anos. Não entendia bem tudo o que estava acontecendo e também não sentiu muito, porque Alberto não era um pai presente.
"Querido Diário,
Puxei os cabelos da minha melhor amiga hoje no colégio. Sabe... Ela começou a espalhar que um menino tava olhando pra mim e que a gente tava namorando. Não gostei dessa brincadeira, então a gente brigou. Mas eu tô triste, porque gosto tanto de Claudinha. Ela é a irmã que eu não tenho.
Boa Noite."
"Diário,
Claudinha acabou de ligar pra mim pra me pedir desculpas. E eu também pedi desculpas pra ela. Agora a gente tá bem de novo e eu tô mais feliz.
Boa noite."
Cláudia é a melhor amiga de Marina desde que entrou no colégio. Não se desgrudam, fazem tudo juntas: brincam, conversam, passeiam, estudam, enfim, são verdadeiras irmãs. O maior defeito de Cláudia, para Marina, é que ela fala mais do que realmente acontece.
"Querido Diário,
O Bruninho é o menino mais lindo do mundo. Ele tá uma série na minha frente, mas eu sei que ele olha pra mim, às vezes, no intervalo. Eu tenho um pouco de vergonha, mas eu também olho pra ele. É dele que eu gosto, por isso fiquei com raiva da Claudinha, quando ela espalhou que eu tava com o Sandrinho. Você me entende, né?
Boa tarde."
Bruno era um menino que chamava a atenção da maioria das meninas do colégio e de alguns meninos também. Era um dos mais populares, falava com todo mundo e não era do tipo metido. Era um bom rapaz. Marina não teve como não se apaixonar.
"Querido diário,
Sonhei com tanta coisa boa essa noite: meu pai e minha mãe juntos; meu pai me percebendo mais como sua filha; minha mãe mais feliz e parando de descontar tudo em mim; eu e a Claudinha cada vez mais amigas e morando juntas, quando chegasse o tempo da faculdade; e o Bruninho... Que lindo! Sonhei que a gente ficava junto pra sempre. Parece história de filme, mas tudo isso me deixou tão feliz. Amanhã vou falar com o Bruninho. Espero que ele converse comigo. Estou tensa.
Beijo, diário,
Boa noite."
Marina sempre sonhava com essas coisas que seriam tão boas para ela. Era sonhadora demais sim e não se envergonhava por isso. Gostava de ser assim, porque é assim mesmo que ela era feliz.
De agora em diante, a vida de Marina poderia ser um pouco mais diferente. Escreveu mais umas duas vezes no diário e o guardou. Escreveu 12 diários, muitas páginas rosadas contando sua vida. Agora ela namora o Bruninho, seus pais não voltaram, Cláudia ainda é a sua melhor amiga.
E a esperança de a vida ser cada vez melhor não acaba. Não acaba.
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Não te conheço.
Nao me conheço.
Esqueço a todos
e reconheço os meus erros.
Desconheço tua face.
Conheço tua casa.
Reconheço teus pertences.
Então me reconheço:
Pertence teu que não me pertence.
Não me cabem mais reconhecimentos vãos
e, em cada vão de minha alma,
está um contentamento (não descontente) reconhecido.
Nos reconheço e desconheço sermos dois,
porque nos conheço como um
e como um ficamos reconhecidos por todos.
E, como um, somos um,
enfim.
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Um romance de verde
no aguardo, na tensão
Um romance de vermelho
no sangue, no coração
De azul na ternura
De rosa na candura
Me aguardem as palavras certas
Me ajudem as pessoas espertas
Me esqueçam as manias despertas
Um romance de cores fortes
De claro, de escuro
Um romance vivo de sortes
De almas e futuro
Um romance franco
De preto no branco.
Amor!
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Tive uma ideia,
porque já não posso mais ter idéias.
Todos percebem, todos veem,
porque eles já não vêem mais.
Hoje apenas frequento certos lugares
que antes freqüentava.
Abelhas que viviam em colméias,
hoje vivem em colmeias.
Não existem pêras,
desde que surgiram as peras.
E as mudanças de ontem, de hoje e até as de amanhã não páram,
ou melhor,
não param.
E quem para se perde.
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