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O Maior Desejo de Simone

Ele sorria para ela, tão estático, imóvel. Um sorriso tão branco quanto verdadeiro. Simone achava que, com aquela camisa verde, ele ficava muito mais bonito. Ele tinha um brilho tão fascinante nos olhos que poderia seduzir facilmente as pessoas apenas com seu olhar, ao mesmo tempo, tão forte quanto inocente. Ela se lembrou de tantas vezes que saíam juntos. Lembrava como ele fazia esses momentos serem muito mais felizes. Olhou pro céu e só tinha vontade de correr e abraçá-lo com todas as suas forças e com toda aquela saudade que guardava dentro de si. Olhou novamente para ele. Estava lá como antes, sorrindo como se esperasse esse abraço forte e apertado que Simone estava contendo. Ela não conseguia abraçá-lo. Fechou os olhos e deixou que aquela lágrima pudesse escorrer pelo seu rosto desenhando todas as curvas até chegar ao queixo. Essa primeira lágrima banhou a boca de Alexandre. Ele continuava sorrindo para ela, mas agora podia sentir o gosto salgado da mesma solidão que Simone sentia desde que ele passou a ser apenas uma recordação em fotografias.

Sem Motivos

Ledo era um rapaz meio triste, meio feliz. Adorava fazer amigos e se apegava muito facilmente às pessoas. Poderia parecer ingênuo, mas não era. Não mesmo. Sofria com algumas situações, ficava dividido, mas ele sabia até onde poderia ir em uma relação de amizade. E, por saber respeitar os espaços das pessoas, era adorado por todos. Mas ficava triste sem motivos. As pessoas diziam:
- Mas não se fica triste sem motivo, macho.
- Talvez não seja normal, mas eu fico.
Com tantos comentários assim. Chegou um dia em que ele decidiu jamais ficar triste, nunca mais. Até que, muito tempo depois, ele se sentiu triste. E não, ele não tinha motivo algum.

Às Cinco da Tarde

Foi um coração partido. Ela tinha certeza disso. Estava tão desorientada que não sabia se o branco da roupa que lhe deu as costas era claro ou escuro, pobre mulher. Olhou pro céu com um peso tão grande nos olhos que caiu no chão, mas Sérgio não olhou pra trás e, se olhou, não deu atenção. Viu quando ele dobrou a esquina e, depois disso, seus olhos inchados não a permitiram enxergar mais nada. Agora, Isabela estava numa rua deserta, despida de toda e qualquer alegria. Não soltava um sorriso amarelo que fosse, estava inerte, esta triste, estava desesperada.
Respirou tão fundo que chegou a escutar seus pulmões resmungarem algo. Ela não entendeu, ela não se importava. Estava prestes a sair gritando atrás de seu amor. Era seu amor, era óbvio, qualquer um era capaz de perceber. Passaram-se longos 5 minutos, parecia um mês em sua cabeça dolorida. Seus olhos continuaram fechados, parecia morta, parecia entregue àquilo tudo que foi obrigada a sentir. 5 minutos para as cinco da tarde. A rua deserta, cabeça e coração latejando, uma dor tão grande que ela nem sequer sentia mais. Respirou fundo pela segunda vez, sentiu um pouco de calma, mas não ouviu mais nada. Sentou-se, não conseguia mais lamentar. Afinal, não iria mais adiantar. Iria? Ela estava certa que não. Então respirou fundo pela terceira vez e disse a si mesma que não valia a pena. Respirou fundo outra vez, e outra, e outra, e outra. Seus olhos secaram e se abriram, foi aí que ela viu que havia algo esperando por ela.
Alguém lhe oferecia a mão. Ela sabia que podia, literalmente, levantar-se daquela situação. Apanhou no chão os cacos que sobraram, apertou-os contra o peito e partiu. Cambaleando, mas partiu. Dolorida ainda, mas partiu. Certa de que nunca o daria outra chance, mas partiu. Pensamentos soltos e um quase sorriso amarelo, mas partiu. Perderia algumas amizades, mas partiu. Acabada por dentro, mas partiu. Ela queria mudar. E partiu, às 5 da tarde, pra nunca mais voltar.

Parabéns

É uma alegria.
Você pega uma caneta, um lápis, uma pedra ou uma pena.
Que seja!

Você tem sentimentos e com o auxílio de toda essa parafernália
(e de idéias das mais viajadas às mais reais)
vai transferindo a sua alma pra o papel.

Um poema é uma alma que rima. Ou não.
Um poema é um sopro de prazer.
Um poema é um desenho de criança.
Um poema é tudo aquilo que nos faz sorrir.
O próprio sorriso é um dos mais bonitos poemas.

Um poema é um carinho quente que a gente guarda no coração.
Um poema é uma felicidade tão grande que te faz pular pra caber tudo.
Um poema é um monte colorido no qual podemos, ou não, distinguir todas as cores.
Um poema é um canto de um pássaro.
Um poema é tudo aquilo que a gente acredita que é um poema.

Peguemos nossas canetas, lápis, pedras, penas, gravetos...
Vamos riscar os chãos, os papéis, as paredes...

Vamos transferir nossos sentimentos pra que todos vejam.
Vamos fazer de nossas vidas o maior poema, o maior, o maior...

Feliz Dia da Poesia pra nós.

Medo

Espero, enquanto desespero, uma solução.
Espero e nada.
E nada.
E nada.

Aparentemente me faço crescer.
Por dentro amadureço.
Por fora me destruo.

Nada me dá brilho aos olhos.
Nem ao coração.
Sem alegrias vou vivendo.

Vou esperando.
Desesperando.
Solução não vem.
E não me mostro a ninguém.

Palavras Para o Homem

Pois é, homem.
Você chora.
Você passa as mãos pelos cabelos.
Você tem esperança de um dia ser alguém.
Você tem dúvidas, anseios.
Você tem desejos e responsabilidades.
Você tem uma vida.

Oh, homem.
Olha pra frente e me diz o que vê.
Agora, olha pra trás e me diz se valeu a pena.

Você chora, homem.
Você sabe que precisa mudar.
Você sabe que precisa amadurecer.
Você sabe, homem.

Você chora, homem.
Você precisa de um caminho.
Você precisa de alguém.
Você precisa de um conforto que seja.

Chore não, homem.
Vá viver, vá.

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