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Dúvidas

Comecei a caminhar
Pulando ao som de pássaros e da cachoeira
Nela me banhei por tantas vezes e relaxei.

Continuei meu caminho
Tropecei numas duas pedras,
Os pássaros foram embora,
Apareceram novos pássaros,
Eles sempre me acordavam.

Flores marcavam meu caminho
Mas desapareceram aos poucos.
Pedi a Deus que me trouxesse de volta a felicidade.

Sonhei com um mundo diferente
Um caminho diferente
Queria mais liberdade.

Com o tempo, as flores voltaram
Os pássaros também
Me apareceram à frente dois caminhos.
E eu não sei mais pra onde ir.

Mariana Chorou

Mariana chorou
Recordações não fazem bem
Algumas trazem pesos antigos à tona
E os olhos não seguram
Os olhos não têm força.

Mariana chorou
Recordações são como pedras
Se no caminho, atrapalham
Se no sapato, incomodam
Pedras viram obstáculos.

Mariana chorou
Recordações vêm pra ferir
Palavras mal ditas viram palavras malditas.
E têm um peso imenso.
Palavras machucam como pedras.

Mariana chorou
Recordações são, enfim, recordações
Músicas apertam o peito
Melodias que nos traduzem e letras que nos refletem.
Músicas transformam nosso sentir.

Mariana chorou
Recordações estão pra sempre.
Cartas guardam sentimentos de certos momentos.
Cada palavra é um esforço pra dizer o que sente.
Cartas são, na maioria, verdadeiras.

Mariana chorou
Recordações resgatam sentimentos.
Os momentos são todos revividos.
Mesmo só em pensamento, eles existem
Os momentos merecem uma segunda chance.

Mariana chorou
Recordações não são sempre tristes.
Recordações são de qualquer lugar, pessoa ou momento
Recordações são vidas que retornam pra nos fazer sentir
Recordações são paixões e pedidos de perdão
Recordações são arrependimentos e um novo começo
Recordações são flores secas em livros
Recordações são fotografias que nos levam pra qualquer lugar
Recordações são músicas que tocam no coração e o fazem sangrar
Recordações são músicas que tocam na alma e nos fazem chorar
Recordações são músicas que tocam e nos fazem pular
Recordações são cartas que traduzem verdades
Recordações são corações abertos e vivos
Recordações são momentos que voltam pra sabermos o quanto foram bons
Recordações aparecem em forma de sorrisos e lágrimas
Recordações transbordam de nossos olhos
Recordações são vidas bem ou mal vividas, e apesar de tudo trazem experiências.
Recordações vivem como nós e, às vezes, parecem até mais vivas que nós mesmos.

Mariana chorou.
Mariana recordou.
Mariana sorriu.

Eu

Revisitei todas as minhas lembranças
Recordei todas as tristezas
Todas as felicidades.
Sonhei.

Fechei os olhos e me deixei levar ao céu
Cheguei e as portas eram abertas pra mim.
Me senti feliz, me senti livre.
Sorri.

Corri por todos os espaços e me reconheci
Por vezes sonolento, mas vivendo por mim.
Achei que estaria melhor.
Dancei.

Cortei as sobras, joguei-as fora
Me senti mais limpo e
Agora tenho o que me basta.
Completo.

Fiz tudo que pude e tentei fazer o que não pude.
Hoje estou aqui.
Sendo o que sempre deveria ter sido.
Eu.

Sem Drama

Márcio foi ao cinema, gostava de ação e terror. Viviane foi ao cinema, gostava de comédia e romance. Gostos tão diferentes que acabaram numa mesma sala pra ver um drama. Márcio nunca foi do tipo que se emocionava ao ponto de chorar em um filme, ele curtia a história e entendia que aquilo era um passatempo. Já Viviane nunca deixou de chorar em nenhum dos filmes, emotiva ao extremo, se envolvia na história a ponto de se sentir personagem dela. Na fila do cinema, os dois se conheceram por conta de uma amiga em comum que tinham, Márcio chegou tarde e perdeu sua sessão, encontrando Helena e Viviane, quando resolveu que assistiria ao drama junto com elas. Entraram na sala e procuraram um lugar bem atrás - Márcio odiava sentar muito perto. No meio do filme, Viviane começou a chorar e cada vez mais, como se aquilo tudo que acontecia na tela fosse bem na sua frente e ela não pudesse fazer nada. Márcio começou a consolá-la e deu-lhe um beijo no rosto. Viviane sorriu para ele e sentiu-se protegida, abraçou Márcio que achou meio estranha sua atitude, mas ele também sentia que aquele momento era mágico. Depois daquele dia, Viviane e Márcio começaram um namoro longo, começaram a assistir juntos vários tipos de filme e ele adorava cada sorriso e, até mesmo, as gargalhadas que Viviane dava quando assistia a uma comédia. Márcio foi feito pra Viviane, ela tinha certeza, ela sentia como tantas personagens de tantos filmes que ela já havia assistido. Viviane foi feita pra Márcio, ele também tinha certeza e nenhuma dúvida ou ciúme era maior do que o amor que sentiam um pelo outro. Os dois, agora, podem ser felizes. E continuar a viver suas histórias, suas próprias personagens. Eles não vivem um filme de muitas fantasias, mas sempre poderão contar com um real final feliz.

Metamorfose

Resolvi pintar o meu cabelo
Só não sabia se de azul, roxo ou vermelho
Não estava mais satisfeito
Com tudo

Acordei com vontade de raspar
Arrepiar
Colorir
Ou até mesmo aumentar
O meu cabelo

Pensei numa peruca
Mas não é mudança real
E eu continuaria fingindo
E mascarando meus incômodos
Com perucas por todos os cômodos

Quis uma real mudança
Quis e escolhi
Não queria roxo,
apesar de adorar

Não queria amarelo, azul nem vermelho
Muito menos verde, rosa ou branco

Me descolori e me reconheci
Não precisava de outras cores
Porque minha essência estava em mim
Eu só não soube encontrar a tempo

E agora tinha dúvidas
Dúvidas de quem eu era
E de quem passei a ser
Sou o mesmo por fora
Mas jamais serei o mesmo por dentro.
Porque me transformei
E a minha alma jamais conhecerá a água oxigenada.

O Sofá Azul

Naquele sofá azul passei todos os meus sábados. Naquele sofá azul sonhei tantas coisas boas e tive, ainda, tantos pesadelos. Foi lá que deixei todas as minhas alegrias de criança. Foi lá que guardei todos os momentos pelos quais passei durante toda a minha vida. Foi lá que sorri e chorei. Foi lá que eu vivi. Foi ele que guardou dos outros - e até de mim - tantos segredos, tantas confissões. Meu sofá azul. Foi naquele sofá que dormi e acordei diversas vezes depois de chegar cansado e não ter forças nem de subir as escadas para ir ao meu quarto. Foi naquele sofá que passei tantas noites de insônia, refletindo e pensando o porquê de viver dessa forma. Foi ali que planejei o meu futuro e comecei a traçar estratégias pra alcançar todos os meus objetivos. Foi naquele sofá azul que eu brinquei com meus primos.
Foi lá também que chorei o fim de um, dois, três amores. Foi lá que pulei por ter conquistado um, dois, três amores. Foi naquele sofá que me sentei por tantos domingos seguidos para assistir TV e me arrepender de não ter saído de casa nesses dias. Foi naquele lugar que tanto me assustei com filmes de terror. E foi lá que me acabei de tanto rir com outros filmes também de terror, além de ter visto tantos outros tipos de filmes.
Foi lá que derramei tudo que eu não podia. Foi lá que eu derramei água. Foi lá que sujei de pizza, macarrão e outras massas. Foi lá que derramei cerveja, vodca e vinho. Foi lá que derramei coca-cola e suco de acerola. Foi lá que derramei minha vida e não fui capaz de recuperá-la.

Baú de Saudades

Janaína pegou o seu baú de cartas, fotos e cartões. Chegou a hora de reviver muitos momentos e se livrar de alguns deles. Pegou a primeira foto que tirou com um ex-namorado de muito tempo. Olhou a foto com um pedaço de saudade nas mãos e deixou alguns sorrisos livremente em seu rosto. Sorriu várias vezes até que pegou uma carta dessa mesma pessoa. Leu e riu bastante. Não conseguia acreditar que não pudesse ter dado certo, eles se davam muito bem e André nunca decepcionou a moça, mas um dia ele avisou que ia viajar pra fora do país e eles acabaram se desentendendo. Hoje, Janaína via tudo como briguinha boba de namorados adolescentes. Continuou... Pegou uma segunda foto, eram seus pais. Chorou por não aguentar segurar nas mãos os vários cacos de saudade e culpa que a acompanhavam desde a morte dos dois. Não conseguia acreditar que tudo o que havia acontecido era por culpa dela, mas sempre tinha alguém que chegava para lhe apontar o dedo indicador e jogar toda a culpa. Janaína chorou muito e começou a ler as várias cartas que recebeu de seus pais. Eram tantos momentos importantes que marcaram a sua vida. Seus pais eram as pessoas mais maravilhosas do mundo pra ela. Não tinha irmãos, hoje com seus 27 anos, trabalha e vive bem, apesar de algumas dificuldades. Mas nada sério demais. O baú continuava transbordando saudade e uma cor diferente. Janaína segurou aquela carta. Aquela cor diferente era ressentimento. Carlos não merecia nenhum caquinho de sua saudade. Janaína pegou aquela carta, aquelas fotos e rasgou, rasgou, rasgou, rasgou até se livrar de todos os sentimentos ruins que guardava. Carlos não era uma boa lembrança. Janaína parou de chorar. E voltou a guardar todos os seus pedaços de saudade naquele baú.

Freneticamente

Eu pulo nos corredores
Eu corro nos lugares abertos
Abraço amigos queridos
E grito e falo e bocejo

Eu sorrio com qualquer coisa
Eu sou (ou não) uma graça
Eu sonho coisas malucas
E depois não as sei mais contar

Eu canto poemas
Eu recito músicas
Eu não quero regras
Não conheço as ordens

Eu amo todas as coisas
E tento isso com as pessoas
Nada me faz mais feliz
Do que tentar ser sempre melhor

Eu pulo dos trampolins
E rio de qualquer piada
Eu canto tudo que me agrada
E amo aquilo que me cerca

Eu faço tudo que gosto
E um pouco do que não gosto
E tento ir vivendo
Freneticamente

Última Viagem

Preciso esquecer de tudo
Mas a alta velocidade só me faz lembrar
Essa música parece me deixar surdo para o resto
Só ela, só ela.

Me bate nos ouvidos como se nunca fosse acabar
E ela recomeça junto com a minha agonia
Não adianta trocá-la
Nesse momento, só ela que me entende
Embora eu não queira acreditar

Os carros passam e as buzinas falam
Dizem que eu me oriente
Eu não posso
Não há como me orientar

Choro e de olhos fechados me preparo para o meu final
Não esperava que viesse tão cedo

Os vidros fechados me sufocam
E ouço o nada me convidar
Não consigo nem mais escutar a música
Solto minhas mãos e as levo à cabeça

As lágrimas vão banhando meu último caminho
A eternidade talvez me espere
Talvez me rejeite
E eu vou rezando para merecer, enfim, o pedaço de paraíso que não mereci em vida.

Sempre Dois

Eram dois, sempre dois. Ele e Ela. Já eram dois antes mesmo de se conhecerem. Já eram dois antes mesmo de descobrirem que "1 + 1 = 2". Ele, um moço queito, um moço que tinha sua beleza guardada pela escassa vaidade, mas era suficiente para ser percebido e admirado. Não se gabava dessa qualidade, não queria ser melhor, queria ser apenas Ele. Não gostava de muitas badalações e estava sempre preparado para amar. Amar seja lá quem fosse. Ele tinha um coração puro de um tamanho que ainda não é possível calcular. Nunca quis mostrar superioridade e também não passou por muitos namoros. Era tranquilo, bem tranquilo, até conhecê-La.
Ela, uma moça que já tinha perdido a tranquilidade, nenhum relacionamento dava certo. Nenhum relacionamento lhe trazia coisas positivas. Ela sempre saiu machucada de todos eles. Ela passou a se conformar em acreditar que o seu destino era sofrer. Nunca tinha quem a amparasse. Era, sim, uma mulher sofrida e castigada. Não tentava melhorar, porque não deu certo das outras vezes. Não tentava ser feliz, por achar que não era mais possível. Não acreditava mais em ninguém, um grande problema. Todos discutiam com Ela, mas já estava calejada de tanto tentar. Tentou a vida toda e de nada adiantou. E o pior é que Ela desistiu de tentar.
Mas um dia se cruzaram. Um filme: um romance bem meloso. Lindo e que era capaz de fazer chorar. Ela se derreteu com toda a trama de amor impossível e se identificou com a personagem que não conseguia ter um relacionamento duradouro e feliz. Chorou o filme quase todo. Até que o final pareceu mostrar que podia ser diferente. Mas ela sabia que "aquilo era só um filme" e que não seria assim com Ela.
Ele assistiu ao filme e nao esboçava nenhuma reação que fosse percebida e, apesar de adorar esse tipo de filme, não revelava a ninguém. Sorria discretamente, e, por um momento, pareceu que surgiria uma lágrima, mas ela nem veio.
Acabado o filme, as pessoas saíram e Ela ficou chorando, chorando. Ele não achou elegante deixar uma garota chorando sozinha na sala do cinema e sentou-se ao seu lado. Conversaram e se deram bem. Ele a acalmou e a achou interessante. Ele não quis ter muitas expectativas e Ela apenas sabia que seriam bons amigos, já que seus relacionamentos não davam certo. Depois de pouco tempo já eram muito amigos e pareciam estar se apaixonando. Ele já acreditava que poderia ir em frente, Ela tinha receios de falar sobre seus sentimentos, não sabia se ele a machucaria novamente como todos os outros. Então ele disse e assegurou que sempre estaria onde ela precisasse, sempre quis que acreditasse, que não tivesse medo. Mas Ela, sofrida que era, deixou aquelas lágrimas tomarem conta de sua vida e não conseguia enxergar mais nada além do seu penar. Não conseguia conceber a idéia de ser feliz. Aquilo não daria certo com Ela. Continuaram assim por um tempo, mas um dia ela começou a cair, tudo parecia desabar e não sabia mais o que fazer, até que sentiu uma coisa estranha. Era Ele que a segurava e não deixou que Ela caísse. Ele representava segurança, conforto e confiança. Ela sorriu. E esse sorriso já significava tudo pros dois. Ele e Ela. Eram dois, sempre foram dois.

Aniversário

Minha nossa, que felicidade. Tem blog aniversariante.
E eu já escrevi de tudo que podia. Tentei algumas pitadas de humor (Quem não lembra dos Versinhos da Facul?) e tentei falar de coisas mais "profundas" de forma bem simples, até porque, eu sou simples, ou não. O blog começou meio que sem intenção. E hoje venho comemorar com o meu post de número 80.

Comecei o blog e postava umas bobagens beeeem de vez em quando. Até que um dia comecei a tentar escrever coisas mais legais. E comecei a gostar. Hoje faço aniversário e várias coisas bacanas aqui. Fico feliz. :)

Tenho alguns posts que são os meus preferidos.

Começando dos mais antigos...

Arnaldo, Carla e eu

A Esquecida

Fórmulas

Oscilações de Mim

Às Cinco da Tarde

O Maior Desejo de Simone

Entrega (Sem Volta)

Decepção

São meus preferidos.

Bom, eu poderia apenas escrever um post enorme de comemoração dizendo o quanto foi bom, o quanto gosto de escrever aqui, mas eu precisava de mais.
Então, para me ajudar, eu pedi a algumas pessoas muito queridas e muito especiais que me mandassem textos. Não dei temas, não dei limites. Disse que poderiam falar sobre qualquer coisa... E me vieram variedades maravilhosas.

Fernanda do Degustação Literária me mandou um texto tão lindo, lindo, lindo...
Eu me identifiquei, tá?! Escreve coisas lindas, adora uma entrelinha e, às vezes, me faz ler mais de uma vez. :x

Eclipse de Nuvens

Vejo-te como a um reflexo.
Esculpido ao chão,
desenhado pela sombra.
És maior que meu
corpo.
Cobre-me com tua forma.
Esconde-me do sol
sem que este seja meu desejo.
Faz-me ver o apagar das luzes...
Impõe sob meu ser
a verdade clara
sobre o findar e o início
dos dias.
Assim, divago pelas horas a afirmar-te:
estamos em meio à escuridão.
E a dúvida mescla a claridade de minh´alma.
Sigo.
Aprendendo com os devaneios reais de minha
Fantasia cotidiana.


Eu também sigo divagando e "aprendendo com os devaneios reais de minha fantasia cotidiana".


Cacá dos Poemas Tardios veio me dizer que não conseguiu escrever nada melhor. E tem nada melhor que receber elogio?! E ainda me disse que eu me superei. :*

Que lindo! teu blog completando um ano! um ano de divagações e aprendizado, realmente. me sinto parte dessa historinha e sinto muito orgulho da tua superação, flavinho. amo e tenho guardado no fundo da carteira, junto com num sei quantas notas de dezreal! beijo grande, cacá.

Mas é claaaaro que faz parte dessa historinha. :)


Bom, lá do curso de Design veio um texto tão lindo de presente. Pois é consegui um texto de Rhanna. Tão bonito.


Não sei se esse dia chuvoso é o que me trás a melancolia, ou se ela sai de mim
e reflete nas gotas trazidas pelo céu.
É uma sensação que não se explica. Só sente.
As vezes acho que é algo como um sentimento de compaixão pelo céu que chora.
Ou a chuva pode ser sinal de compaixão por mim. Dúvida.
Engraçado é que somos tão volúveis quanto o tempo. Ele muda constantemente e com
ele mudam nossas convicções, nossos sonhos e nossas angústias.
(...)
A água cessou. Agora só não sei se levará embora meus sonhos ou minha agonia.


A água cessou. Tá vendo?! Eu já disse. Rhanna, faça um blog. :)


Agora foi Cissa do Ad JukeBox que me mandou o "De A a Z" que me reflete. Quero ver se vão descobrir quais são os cantores ou grupos. Cissa, ficou MARA. Super divertido.

Flavinho's Radio

Pela janela do meu quarto ouço a buzina.
Me chamando, quem será que vem me acordar.
Você é meu prometido, o menino dos meus olhos.
Quem me adoça a vida, quem afugenta meus medos.
E nesse quebra-cabeça da história geral.
Cada um é cada um e cada qual é cada qual.
Vou com você, é só me dar um toque.
Tem tudo a ver, amor vai ser um choque.
Sou tua cana, teu engenho e teu moinho.
Tu és feito um passarinho que se chama beija-flor.
Você, sereio tropical, vestido de areia e sal.
No começo eu estava com medo, petrificada.
Pensando que eu nunca conseguiria viver, sem você ao meu lado.
Agora deixa de besteira, bobeira, pois de qualquer maneira
A vida é tão passageira. Por isso vem neném.
Eu procuro acordar e perseguir meus sonhos.
Mas a realidade que vem depois não é bem aquela que planejei.
Agora o meu adeus, tchau, aha.
Não vai ficar comigo eu sou seu castigo.
Quis me enganar mas se iludiu.
Não vou acreditar nesse falso amor
Que só quer me iludir, me enganar, isso é caô.
Moço eu não sei mais o que pensar, a razão que fez nos separar.
Será o destino quem quis assim?
Não faz mal, eu to carente, mas eu to legal.
Pede pro Lino me levar o sax que a festa vai rolar até tarde.
E avisa o Chambourcy que tem Danone à vontade.
Nossos dias vão passando e você sempre deixando tudo pra depois.
Quando chega a noite eu fico triste.
Pois você não está por aqui.
Com a lua em seus olhos, roupa de água marinha.
E seu jeito de malandro.
Se a lua toca no mar, ela pode nos tocar,
Pra dizer que o amor não se acabe.
Seu medo de perder, não te deixa me olhar
Esqueça o que passou que tudo vai mudar.
Mais do que um bom bronzeado.
Eu quero estar do seu lado.
Meu coração fazendo bum e teu carinho me dando choque.
Amor, amor, se pensa que é assim que é só chamar que eu vou.
Canta mais alto, mostra tua voz.
O que importa o que os outros vão pensar de nós.
Olhe para as estrelas, veja como elas brilham para você.
E para tudo que você faz, sim, elas eram todas amarelas.
Eu desço dessa solidão.
Espalho coisas sobre,
Um chão de giz.

Ficou MA-RA. Eu identifiquei quase todos, só uns dois ou três que não lembrei, mas não deixam de me refletir. Rá!

A insana Ray também me mandou um texto tão lindo. Fiquei todas as configurações do Word. :)

Flavinho na Terra dos Blogs

Não, isso não é um conto infantil.
Mas bem que poderia ser.
Um menino grande (ou um grande menino) com um talento do tamanho dele. =D
O talento é tamanho, que não deu em um só blog.
Ah, e a amizade desse menino!
É tão valiosa que ele podia guardar num cofrinho só pra ele ou quem sabe até vender.
Mas não. Prefere dar de graça à quem quer que queira aceitar.
Eu sou bem mais feliz por ter a amizade dele, sabe.
Tá certo que eu sou chata e quando ele tá comigo vira chato também, mas é pra isso que se juntam os chatos, pra se aguentar em qualquer situação. *.*
E pra mim esse blog é o mais especial de todos que ele tem.
Porque cada blog de Flavinho é um mundo diferente.
E esse aqui é o que mais mostra todas as simples, mas às vezes desconhecidas, faces dessa criança grande.
Cada texto é uma surpresa melhor que a outra, é quase um kinderovo! (desculpa, não resisti a um trocadilho publicitário ;b~)
Por isso mesmo eu desejo tantos anos de vida à esse blog, quanto eu desejo ao dono, um dos mais queridos amigos que eu podia ter.
=****
ray

É, eu chorei. =/

Agora foi o Euzer, meu querido do Metendo o Bedelho, que me mandou mais parabéns.

Três anos...

Caramba... São 1095 dias. Se tiver ano bissexto aí, serão 1096. Dias contados aos milhares.
Três anos é tempo muitas vezes insuficiente para quem quer fazer uma faculdade, mas pode ser muito tempo para quem acabou de entrar numa.
Três anos. Quantos olhos seus olhos já olharam em três anos? E quais as histórias que tantos olhos teriam pra contar.
Aquela pessoa que passou ao seu lado – será que ela é feliz. Será que tem um problema, ou uma solução? E seu problema, será que resolve em três anos?
A verdade é que uma vida pode ser tanto destruída como construída em três anos.
Não importa como chegamos até 1095 (ou 1096) dias atrás, mas certamente 1095 (ou 1096) dias depois, seremos “outra pessoa”.
Para melhor ou para pior.
Porque teremos 1095 (ou 1096) dias a mais para contar na nossa história. E conheceremos outras lindas, outras nem tanto, histórias.
E muitas destas histórias podemos contar para nossos amigos e para amigos que fazemos, através de nossos blogs.
Realmente, três anos é tempo para que uma história tenha tempo para ser feita, contada e, quem sabe, lembrada para todo o sempre.
E que venham mais três anos. Mais 1095 (ou 1096) dias de novas histórias nesta bela aventura que é VIVER.

Obrigado Euzeeer. A gente ainda vai se comentar muito nos blogs. ^^
Outubro já chegou tá? :p

O Nilo me resolveu falar de mim também. Achei tão bonito o que ele falou. :)

All About You!
(tudo sobre vc)

PRIMEIRO: PARABÉNS ATRASADO, POR UM ANO DE BLOG!!!

Como eu disse pro Flá, eu não tenho muito talento pra escrever coisas lidíssimas assim como ele, mas eu vou tentar!
Aliás, tentar não, eu vou conseguir falar desse moço, que é tão único, tão especial, tão verdadeiro, tão ELE! Às vezes, fico aqui pensando: e se eu pudesse dar um abraço nele? Nossa! Ia ser tão bom... Imagina, toda força que ele me dá, todo apoio, se fosse pessoalmente, seria muito melhor... Sabe, quando algo não está acontecendo do jeito que eu gostaria que fosse, eu pego meu celular ou meu iPoderoso e releio aquele texto lindíssimo, que fala tudo, exatamente tudo o que eu sou...
Como é impossível ouvir Madonna e não lembrar de mim, é quase impossível ouvir Maria Rita/Samba Meu, mais expecificamente a faixa "Corpitchio" e não lembrar dele... sempre escuto, e anseio chegar em casa pra conseguir lhe dar ao menos um "Oi"...
Costumo dizer aos meus amigos, que nunca, ninguém vai ter a mesma sensibilidade do Flá... de verdade... Quero sempre estar aqui para ele, e quero tê-lo aí pra mim...
Flá! Amigo, Te amo!

Danilo Sebadinni

11/10/2008 00:09AM
São Paulo - Brasil

Moooço, obrigaaado. (L)

Ainda tem o meu queriiiido-ido-ido Ledinho.
:D
Escreve coisas lindas, lindamente. Faz um tempo que não posta textos novos, mas é MARA.


Sete Andares

Aqui, na varanda da minha casa, observo a noite se aproximar de forma tímida, mas sempre sublime e imponente, com seu ar saudoso, arrastando pelo céu seus longos cabelos negros ornamentados com estrelas, numa cerimônia cotidiana de embelezamento e mistificação.

Com ela, chegam os receios e autodesprezos costumeiros que insistem em assombrar cada vão deste meu mundo. Lá embaixo, a cidade começa a se iluminar. Os carros, cheios de fúria, acendem seus faróis, como tochas de fogo incendiando as ruas, numa batalha sangrenta que se repete todos os dias.

Descendo três quarteirões da rua, ouço as ondas quebrando nas pedras e logo me vem às narinas o cheiro do mar, o único vestígio de natureza que encontro ao observar o que circunda meu castelo de concreto que fica a sete andares de altura.

Encontro-me sozinha, sepultada a sete andares, sete chaves, sete palmos. Comigo, foram selados todo o vigor e vanguardismo que um dia tomaram conta deste túmulo que fica mais perto do céu. Sim, estou sete vezes mais perto do céu do que todos os vivos.

Aqui, o silêncio reina absoluto como um ditador implacável, e seu autoritarismo só é quebrado com o desespero das buzinas dos carros, o movimento contínuo das ondas sobre as pedras e a morbidez dos meus pensamentos. Talvez este último seja o mais transgressor e mais incômodo dos revolucionários.

Levanto os olhos e vejo na floresta de prédios que me cerca muitos outros pontos de luz nas janelas ao longe. Será que, como eu, existem mais sepultados que parasitam um pouco da vida e do cheiro de caos que invadem suas lápides? Será que o desejo de fugir deste cemitério gigantesco e voar em direção ao desconhecido também lateja em suas mentes? Minhas interrogações são maiores que minhas ações.

Aqui, na varanda da minha casa, a sete andares, sete palmos, sete chaves, sete dias, assisto, inerte, o espetáculo repetitivo que tem a vida como protagonista, a qual deserda de felicidade a tantos quanto eu anseiam ter asas, para, finalmente, abandonar o cárcere de pedra onde estão aprisionados.


Esse é um dos preferidos dele e dos meus também. Meu querido, escreva mais. Você pode. Seu especial. :p

Também quero agradecer a um mooonte de gente que também me visitou nesse tempo, que deixou aqui tantos comentários, mesmo aqueles que só diziam "Bom o Blog". Obrigado a todos, todos.

Tem o Lipe, tem o Diego, Diogo, Milloca, Dani, Maíra, Gabi, Gabi e Gabyh e mais um montão. :D

Minha gente, eu só quero agradecer mesmo, só consigo fazer isso. Agradecer a todos por terem me acompanhado e é isso. Vamos pra mais um ano.
Mais um ano Divagando e Aprendendo. Ou Não!

:)

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