Marina tinha um diário. Todos os dias deixava seus sentimentos transbordarem e os registrava naquelas tantas folhas rosadas.
"Querido Diário,
Hoje eu briguei outra vez com a minha mãe. Eu fico triste, porque gosto muito dela e não gosto de ver que ela está triste por minha causa.
Boa noite."
Marina sentia que sua relação com a mãe era muito difícil. Não podia deixar de amá-la, mas sabia que não era como devia ser. E a menina ficava muito triste.
"Querido Diário,
Hoje fiz 13 anos de idade, fiquei muito feliz, porque fiz as pazes com a minha mãe e ela me beijou várias vezes. Meu pai veio me ver, mas teve que sair rápido por causa do trabalho dele. Pelo menos esse ano ele veio, estou feliz.
Boa noite."
Os pais de Marina se separaram logo que ela fez oito anos. Não entendia bem tudo o que estava acontecendo e também não sentiu muito, porque Alberto não era um pai presente.
"Querido Diário,
Puxei os cabelos da minha melhor amiga hoje no colégio. Sabe... Ela começou a espalhar que um menino tava olhando pra mim e que a gente tava namorando. Não gostei dessa brincadeira, então a gente brigou. Mas eu tô triste, porque gosto tanto de Claudinha. Ela é a irmã que eu não tenho.
Boa Noite."
"Diário,
Claudinha acabou de ligar pra mim pra me pedir desculpas. E eu também pedi desculpas pra ela. Agora a gente tá bem de novo e eu tô mais feliz.
Boa noite."
Cláudia é a melhor amiga de Marina desde que entrou no colégio. Não se desgrudam, fazem tudo juntas: brincam, conversam, passeiam, estudam, enfim, são verdadeiras irmãs. O maior defeito de Cláudia, para Marina, é que ela fala mais do que realmente acontece.
"Querido Diário,
O Bruninho é o menino mais lindo do mundo. Ele tá uma série na minha frente, mas eu sei que ele olha pra mim, às vezes, no intervalo. Eu tenho um pouco de vergonha, mas eu também olho pra ele. É dele que eu gosto, por isso fiquei com raiva da Claudinha, quando ela espalhou que eu tava com o Sandrinho. Você me entende, né?
Boa tarde."
Bruno era um menino que chamava a atenção da maioria das meninas do colégio e de alguns meninos também. Era um dos mais populares, falava com todo mundo e não era do tipo metido. Era um bom rapaz. Marina não teve como não se apaixonar.
"Querido diário,
Sonhei com tanta coisa boa essa noite: meu pai e minha mãe juntos; meu pai me percebendo mais como sua filha; minha mãe mais feliz e parando de descontar tudo em mim; eu e a Claudinha cada vez mais amigas e morando juntas, quando chegasse o tempo da faculdade; e o Bruninho... Que lindo! Sonhei que a gente ficava junto pra sempre. Parece história de filme, mas tudo isso me deixou tão feliz. Amanhã vou falar com o Bruninho. Espero que ele converse comigo. Estou tensa.
Beijo, diário,
Boa noite."
Marina sempre sonhava com essas coisas que seriam tão boas para ela. Era sonhadora demais sim e não se envergonhava por isso. Gostava de ser assim, porque é assim mesmo que ela era feliz.
De agora em diante, a vida de Marina poderia ser um pouco mais diferente. Escreveu mais umas duas vezes no diário e o guardou. Escreveu 12 diários, muitas páginas rosadas contando sua vida. Agora ela namora o Bruninho, seus pais não voltaram, Cláudia ainda é a sua melhor amiga.
E a esperança de a vida ser cada vez melhor não acaba. Não acaba.
"Querido Diário,
Hoje eu briguei outra vez com a minha mãe. Eu fico triste, porque gosto muito dela e não gosto de ver que ela está triste por minha causa.
Boa noite."
Marina sentia que sua relação com a mãe era muito difícil. Não podia deixar de amá-la, mas sabia que não era como devia ser. E a menina ficava muito triste.
"Querido Diário,
Hoje fiz 13 anos de idade, fiquei muito feliz, porque fiz as pazes com a minha mãe e ela me beijou várias vezes. Meu pai veio me ver, mas teve que sair rápido por causa do trabalho dele. Pelo menos esse ano ele veio, estou feliz.
Boa noite."
Os pais de Marina se separaram logo que ela fez oito anos. Não entendia bem tudo o que estava acontecendo e também não sentiu muito, porque Alberto não era um pai presente.
"Querido Diário,
Puxei os cabelos da minha melhor amiga hoje no colégio. Sabe... Ela começou a espalhar que um menino tava olhando pra mim e que a gente tava namorando. Não gostei dessa brincadeira, então a gente brigou. Mas eu tô triste, porque gosto tanto de Claudinha. Ela é a irmã que eu não tenho.
Boa Noite."
"Diário,
Claudinha acabou de ligar pra mim pra me pedir desculpas. E eu também pedi desculpas pra ela. Agora a gente tá bem de novo e eu tô mais feliz.
Boa noite."
Cláudia é a melhor amiga de Marina desde que entrou no colégio. Não se desgrudam, fazem tudo juntas: brincam, conversam, passeiam, estudam, enfim, são verdadeiras irmãs. O maior defeito de Cláudia, para Marina, é que ela fala mais do que realmente acontece.
"Querido Diário,
O Bruninho é o menino mais lindo do mundo. Ele tá uma série na minha frente, mas eu sei que ele olha pra mim, às vezes, no intervalo. Eu tenho um pouco de vergonha, mas eu também olho pra ele. É dele que eu gosto, por isso fiquei com raiva da Claudinha, quando ela espalhou que eu tava com o Sandrinho. Você me entende, né?
Boa tarde."
Bruno era um menino que chamava a atenção da maioria das meninas do colégio e de alguns meninos também. Era um dos mais populares, falava com todo mundo e não era do tipo metido. Era um bom rapaz. Marina não teve como não se apaixonar.
"Querido diário,
Sonhei com tanta coisa boa essa noite: meu pai e minha mãe juntos; meu pai me percebendo mais como sua filha; minha mãe mais feliz e parando de descontar tudo em mim; eu e a Claudinha cada vez mais amigas e morando juntas, quando chegasse o tempo da faculdade; e o Bruninho... Que lindo! Sonhei que a gente ficava junto pra sempre. Parece história de filme, mas tudo isso me deixou tão feliz. Amanhã vou falar com o Bruninho. Espero que ele converse comigo. Estou tensa.
Beijo, diário,
Boa noite."
Marina sempre sonhava com essas coisas que seriam tão boas para ela. Era sonhadora demais sim e não se envergonhava por isso. Gostava de ser assim, porque é assim mesmo que ela era feliz.
De agora em diante, a vida de Marina poderia ser um pouco mais diferente. Escreveu mais umas duas vezes no diário e o guardou. Escreveu 12 diários, muitas páginas rosadas contando sua vida. Agora ela namora o Bruninho, seus pais não voltaram, Cláudia ainda é a sua melhor amiga.
E a esperança de a vida ser cada vez melhor não acaba. Não acaba.
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...e nem pode acabar, de jeito nenhum! O que seria da vida se não fossem os sonhos...?
:*
Fernanda Fernandes Fontes disse...
10 de janeiro de 2009 às 15:31