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Brilho dos Meus Olhos

Brilho dos meus olhos,
é como deveria te chamar.
É dessa maneira que sinto
esse sentimento estranho me envolver
e tentar dominar.

Pelas feridas passadas,
vou me permitindo aos poucos.
Controlo as expressões de grande entusiasmo
e ao me isolar
deixo vários sorrisos rolarem e me encherem de felicidade,
enquanto te faço passear em meu pensamento.

Se algo está nascendo,
que seja pra me fazer feliz,
que seja pra renovar os meus íntimos ares.
Se um dia eu voltar a sorrir como costumava ser,
que seja porque toda felicidade guardadinha em mim reflete para o mundo,
por ser você
o brilho dos meus olhos.

A Droga de Viver

Quer se morrer no instante em que se foi dito o não.
Mas tudo que é próximo te diz pra ser forte e prosseguir,
enquanto se tranca no quarto e chora.

Desaba-se e desabafa-se com tanta frequência,
que é quase impossível acreditar
que um amor pode causar tamanho abismo interior.

Agarrando-se ao travesseiro que parece renomeado de esperança,
encharcado já em lágrimas de solidão,
à espera de um arrependimento,
de umas doses de caridade.

E a certeza de como somos baixos e egoístas ao sofrer.
Aponto isso como um direito.

As forças que equilibram o corpo parecem correr direto para o coração,
para ajudá-lo a superar,
enquanto faz todo corpo arder em tristeza e saudade.

A parte mais fragilizada recebe toda a força de que precisa para superar
e todo o resto acaba por não se sustentar.
Isso significa perder o chão.

E, por falar em perdas,
cada lágrima que vai não é,
infelizmente,
uma memória que se apaga.
Talvez, felizmente.

E o conselho que vem é que se precisa viver.

É uma pena ser um conselho tão correto e tão difícil.
Perde-se a segurança, a confiança e o desejo.
Os olhos apagam aos poucos, até o limite.
O corpo sente a falta de liberdade no rosto e no sorriso,
e tenta voltar a sorrir,
as memórias começam a se distanciar,
o coração vai fortalecendo e devolvendo a força que equilibra o corpo de pé.

O chão volta a aparecer
e descobrimos a droga de viver,
quando percebemos que isso é um ciclo
que sempre volta a se repetir.

Pela proteção que me dou

perco o mundo ao redor e costumo não arrepender.

Ações falhas, escassas,
na verdade, nenhuma delas.

Apenas sonhos de "algo adiante"
e um longo aguardar de medo e ansiedade.
Exposição como medo contínuo de toda uma vida.
É sentir falta e não ter coragem.
É um "se guardar" covarde.

Proteção que cria barreiras,
que bate a face duas, três vezes.

É o não aprendizado,
a não transparência.

É o "serei" sem se ser.
É o "farei" sem que se faça.

Reflexo dos olhos ao mundo
por dentro de uma alma chorosa.

É o grito mudo daquela revolução que se quer pra si,
mas que nunca foi vista em guerra.

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