Minha vida andava tão acizentada. Meu trajeto completamente nublado e, claro, sem brilho. Aquela oscilação de vida e morte me deixava completamente exausto e angustiado e eu não tinha como aprender a conviver com aquilo. Ganhar e perder estão tão próximos quanto estar ou não estar, quanto ser ou não ser. Tantos momentos de cor na minha vida não pareciam ter razão naquele momento no qual você me encontrou. Se naquele instante minha cabeça baixa denunciava a minha falta de cor. Certamente que sim, porque eu não sei não ser verdadeiro, então eu preciso transparecer. E pra que viver se não for na transparência. Não gosto de esconder minha felicidade, então pra que esconder também a tristeza? Realmente eu não preciso. Eu não retenho glórias, pois sei que meus fracassos não vão ficar pra sempre escondidos em um porão escuro. Não tenho motivos pra camuflar minhas perdas, se pra todo meu ganho eu mostro a minha alegria em topos de pódios.
E você me encontrou no meu estado nublado de falta de cores, de precisões e de necessidades. Você me encontrou na minha primeira lágrima de exaustão, quando todas as lágrimas de desilusão e angústia já haviam sido gastas. Reflita o bem que me fez aquele sorriso que me jogou na face. De alguma forma, eu estive iluminado e reluzente. Senti o gelo no coração trincar e batidas fortes quase me abriram o peito, mas não literalmente. Só que abrir o peito no primeiro brilho de um olhar não é mais parte do que eu hoje sou. Senti uma réstia de luz confundir o que vinha em meus pensamentos até aquele momento. A confusão me queria fazer escolher entre viver e morrer, mas eu decidi esperar. Teus olhos me confortavam e me prometiam mais conforto, tuas mãos me prometiam um aconchego sem tamanho. Minha vulnerabilidade tentava forçar com que eu me jogasse em teu abraço e ali ficasse até meu sangue estar quente e novamente circulante. Não sei como resisti, mas esperar era tudo que eu tinha que fazer, para meu próprio bem.
Sei que aquele dia me fez bem, passei a caminhar com um sorriso amarelo, mas pra quem estava sem cores, isso já era um grande sinal de melhora e de princípio de recuperação. Pouco demorou pra minhas cores começarem a aparecer e me fazerem feliz. E sempre quando uma delas retornava, você estava junto a mim. Eu me sentia um livro a ser colorido e você a criança que me dava vida. Quando você preencheu toda minhas linhas com cores variadas (algumas até que eu não conhecia) me dei conta de que eu estava pronto pra abrir o peito e deixar que você visse todos os sentimentos que eu guardei durante todo esse tempo. Você não satisfeito de ter me pintado por completo, depois que te mostrei tudo que guardei, ainda ultrapassou as minhas linhas com mais cores novas e diferentes. Se você me deu cores, eu aprendi que elas servem pra me fazer viver. Se hoje não tenho você, se hoje não tenho cores, hoje não tenho vida, hoje nada tenho.
Sei que aquele dia me fez bem, passei a caminhar com um sorriso amarelo, mas pra quem estava sem cores, isso já era um grande sinal de melhora e de princípio de recuperação. Pouco demorou pra minhas cores começarem a aparecer e me fazerem feliz. E sempre quando uma delas retornava, você estava junto a mim. Eu me sentia um livro a ser colorido e você a criança que me dava vida. Quando você preencheu toda minhas linhas com cores variadas (algumas até que eu não conhecia) me dei conta de que eu estava pronto pra abrir o peito e deixar que você visse todos os sentimentos que eu guardei durante todo esse tempo. Você não satisfeito de ter me pintado por completo, depois que te mostrei tudo que guardei, ainda ultrapassou as minhas linhas com mais cores novas e diferentes. Se você me deu cores, eu aprendi que elas servem pra me fazer viver. Se hoje não tenho você, se hoje não tenho cores, hoje não tenho vida, hoje nada tenho.
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A vida realmente perde o brilho e a cor quando estamos sós, mas não há solidão que dure pra sempre né?
O tempo passa e quando vemos lá estamos nós denovo...nos deixando ser coloridos por mais um amor =)
Lindo texto, lindas palavras
Beijo grande Flavitcho =*
Suelen disse...
28 de abril de 2010 às 14:58