Marcadores: Blá Blá Blá
Não sei se te conheço, mas te amo.
Talvez por isso te ame mais.
Exatamente assim agarrado ao descompasso do coração.
Nunca pensei tocar teus lábios com meu desejo de comer-te vivo
como canibal de um amor que é carne pulsante.
Nunca sequer imaginei vida sem ti.
Nem poderia me esconder de teu olhar.
Teu corpo é o verso que falta em meu inacabado poema.
E é a conexão dessas letras em significado íntimo
que me faz te querer mais e mais e mais vezes
da maneira mais impura possível.
É meu jeito louco de querer que minha individual impureza de pensamentos
transforme-se em pura e cristalina febre de tesão.
Sem entender o significado desse querer,
se puro,
se impuro,
minha mente contorce em imaginação o nosso emaranhado de corpos.
Figuras que se batem, se arranham,
se rasgam em desejo e ganham, ao final de uma luta ardente,
o olhar mais puro que só um verdadeiro amor pode revelar.
Marcadores: Poemas
Abrir-se é um caminho sem volta, quando se é exageradamente sentimento.
Se tentar ser razão, espero que tenha sucesso.
Não eu.
Não tive.
Procurei ser razão e ele derrubou toda torre falha de cartas que montei.
Sim, ele é o sentimento.
Não consideraria fraqueza declamar poesias inteiras no íntimo
e aos olhos.
Não sonharia dedicar músicas que não parecessem ter sido feitas para meus momentos.
Sob medida.
Sob pressão de nunca mais sentir tal sentir.
E, ao abrir-se ao mundo e aos olhos do sentimento,
tentar não ser sentimental passa a ser cruel.
São pontadas de dor por revelar o segredo ao mundo.
E ao mundo quer dizer a apenas ele.
Abrir-se: o rasgar do peito que não retorna à condição nenhuma anterior.
De olhos fechados, quando se entrega a qualquer destino incerto.
Uma vez jogado como um tapa forte na cara, não há o que esconder.
E se sentir já é difícil, a falta de resposta é ainda mais agonizante.
Abrir-se é esvaziar, é morrer até a resposta.
E, se não há uma resposta certa,
abrir-se é transformado em morte, em vazio e ferida aberta.
Até que a cicatriz feche tudo que foi entregue
e faça esquecer que a qualquer momento será necessário abrir-se outra vez.
Marcadores: Blá Blá Blá
Foi como o primeiro beijo,
Foi como o fácil gostar.
Teu olhar se fez pra mim
Como um mistério a se resolver.
Como és de lindos olhos,
declaro-me teu contemplador
Sonho o momento do amor
E espero trazer-te felicidade.
O encanto de teu sorriso
não foge da memória.
Enquanto o doce de teus lábios
Faz meu delírio crescer
Faz meu corpo adoecer de saudade.
Se é teu corpo fonte de meu calor
Que derreta o frio outrora deixado.
E que o fim seja mais um começo.
Marcadores: Poemas
E de sentir o bater no peito mudar
um sorriso surge diferente.
Revisito os dias de dor
pra saber como não repetir.
É uma saudade de um abraço pouco dado,
mas intensamente sentido.
E com todo sentido.
São os olhos que beijam.
É o corpo do perfeito encaixe.
É a combinação instantânea.
É um nascer que não se pretendia,
é a surpresa de se ter maravilha naquele inesperado sorriso.
É o medo de deixar acontecer,
é o espaço que não se mede,
é a vontade de puxar pra perto
como uma garrafa da mais deliciosa bebida,
como um pedaço do melhor doce.
É o desejo de ter ao redor o que se afastou,
mas que parece pertencer até muitos futuros dias.
É o medo de admitir um sentimento,
mas é principalmente a felicidade
de deixar o coração bater como se fosse novo.
Marcadores: Poemas
Brilho dos meus olhos,
é como deveria te chamar.
É dessa maneira que sinto
esse sentimento estranho me envolver
e tentar dominar.
Pelas feridas passadas,
vou me permitindo aos poucos.
Controlo as expressões de grande entusiasmo
e ao me isolar
deixo vários sorrisos rolarem e me encherem de felicidade,
enquanto te faço passear em meu pensamento.
Se algo está nascendo,
que seja pra me fazer feliz,
que seja pra renovar os meus íntimos ares.
Se um dia eu voltar a sorrir como costumava ser,
que seja porque toda felicidade guardadinha em mim reflete para o mundo,
por ser você
o brilho dos meus olhos.
Marcadores: Poemas
Quer se morrer no instante em que se foi dito o não.
Mas tudo que é próximo te diz pra ser forte e prosseguir,
enquanto se tranca no quarto e chora.
Desaba-se e desabafa-se com tanta frequência,
que é quase impossível acreditar
que um amor pode causar tamanho abismo interior.
Agarrando-se ao travesseiro que parece renomeado de esperança,
encharcado já em lágrimas de solidão,
à espera de um arrependimento,
de umas doses de caridade.
E a certeza de como somos baixos e egoístas ao sofrer.
Aponto isso como um direito.
As forças que equilibram o corpo parecem correr direto para o coração,
para ajudá-lo a superar,
enquanto faz todo corpo arder em tristeza e saudade.
A parte mais fragilizada recebe toda a força de que precisa para superar
e todo o resto acaba por não se sustentar.
Isso significa perder o chão.
E, por falar em perdas,
cada lágrima que vai não é,
infelizmente,
uma memória que se apaga.
Talvez, felizmente.
E o conselho que vem é que se precisa viver.
É uma pena ser um conselho tão correto e tão difícil.
Perde-se a segurança, a confiança e o desejo.
Os olhos apagam aos poucos, até o limite.
O corpo sente a falta de liberdade no rosto e no sorriso,
e tenta voltar a sorrir,
as memórias começam a se distanciar,
o coração vai fortalecendo e devolvendo a força que equilibra o corpo de pé.
O chão volta a aparecer
e descobrimos a droga de viver,
quando percebemos que isso é um ciclo
que sempre volta a se repetir.
Pela proteção que me dou
Marcadores: Poemas
Marcadores: Contos
Raiva que mata,
que fere,
que rasga,
que rompe,
que faz sumir, esvaecer.
Raivas são delírios,
impulsos ou até mesmo uma parte de um ato ensaiado.
Inteiramente premeditado.
Minha raiva é doce e simples,
como raiva de ter raiva.
E, por outras vezes,
raiva de não tê-la.
Dissipa, despe de tudo e de toda ela se veste.
Deforma o bom,
embaça,
faz acabar prantos de formas não convencionais.
Faz não enxergar.
Querer exageros,
extremos por vezes violentos.
E basta um descanso
para perceber-se equivocada.
Envergonha-se.
Desculpa-se.
Compõe-se.
E segue em frente, por fim,
até quando todo o ciclo reinicia.
Numa raiva que mata, que fere, que rasga.
Marcadores: Poemas
Amor é pra ser dividido. O espaço pra guardar amor é um caixinha bem pequenininha que fica num cantinho do coração. Que é pra a gente não prender, que é pra a gente não guardar.
E quando o amor acaba?
Imagine todo amor do mundo que você tem por alguém (ou teve), precisando ser guardado e voltar pra essa caixinha mínima. O fato é que ele não cabe de volta. E de forma alguma poderia ser guardado. Então a gente sofre, porque aquele amor todo fica passeando por dentro, trazendo lembranças e fazendo doer. Então sobram duas opções: ou você sofre ou deixa que o outro leve aquele amor.
E se é pelo bem, permita que esse amor vá, que te deixe.
Fale. Ou grite! Mas dê passagem ao sentimento que não pode ser preso.
Ame além.
De outras maneiras.
Em outros espaços geográficos.
Não se conforte com o amor para dois que completa seu ciclo em você mesmo.
Não se contente.
Ame além.
Sofra se preciso, não esqueça, guarde memórias, flores, recados, palavras de profundo sentimento.
Mas não deixe que machuque mais do que deve - se é que deve machucar.
Respire,
reaja,
sorria,
e não se livre daquela caixinha em seu coração que produz amor sem aceitar devoluções.
Espalhe.
Ame além.
Marcadores: Blá Blá Blá
Se chamam de amor o que vivi,
o futuro tem que me dar mais
por merecimento.
Às vezes é comum pensar que amor é fácil de se classificar,
nomear, representar, traduzir, entre tantos outros verbos.
Uns o chamam de difícil, complicado,
outros já acham que, se não vem fácil, não é amor.
Precisaria ele apenas acontecer?
À primeira vista?
De supetão?
No susto?
Ou o certo é edificá-lo aos poucos?
Passando todas dificuldades consideradas necessárias?
A questão é que o amor não é previsível.
O momento que o desperta é um segundo,
fica pela conta de cada um como alimentar a expectativa - ou não -
desse único segundo que bagunça tudo.
Na mais que humilde opinião que dou,
o interesse para o amor pode acontecer
à primeira vista,
de supetão,
no susto.
Mas a sua fortaleza só vem depois que tanto se colocar em limites
e querer continuar por ele,
mas não precisamos de batalhas sangrentas.
Faz pelo amor o que ele merece
sem empecilhos ou bloqueios.
Entrega tua alma, todo teu desejo.
E ama.
O amor pode ser despertado em um segundo
e de alguma forma ele é alimentado, cultivado.
E a partir do momento que seu próprio conceito é dúbio,
alcançá-lo é um feito glorioso.
Então guarde todo amor.
Não permita que ele desaconteça.
Marcadores: Blá Blá Blá, Poemas
Postagens mais recentes Postagens mais antigas Página inicial