Não é como se julgasse menos.
Nem como pensar dominar o correto.
É como perder os caminhos do fim e
esquecer do que um dia se disse em desejos.
Não é como se julgasse cruel.
Nem como pensar espaços desatinados.
É como correr sem rumo sem saber
de todas as promessas dialogadas.
Não é como se julgasse frio.
Nem como pensar em local de culpa.
É como soltar-se de instantes
que eram acorrentados a cada vazio.
Não é como se julgasse solidão.
Nem como pensar mais ou menos luz.
É como notar aquelas diferenças
de nunca antes existentes.
Não é como se julgasse descrente.
Nem como pensar estragos nas mãos.
É como carregar nos olhos o mal e
o peso de cada acontecimento em vão.
Não é como se julgar não-amor.
Nem como pensar que nada existe mais.
É como não entender o que se passa
e querer saber que desejo vem
disso tudo que não posso sentir
nem explicar.
Marcadores: Poemas
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial
0 comentários:
Postar um comentário