Caminhava tranquilo no centro da cidade. Os carros passavam e eu não percebia. Pessoas me olhavam e se perguntavam o que acontecia. Alguns tentaram me consolar, alguns tentaram conversar, sem nem saber o que acontecia comigo. As pessoas não são tão más nesse mundo. Mas eu não queria ouvir nada e segui. Caminhando em meio a todo aquele alvoroço. Eu era uma contradição no meio de tanta correria, no meio de tanta pressa.
Mas eu não queria ser pressa, eu queria ser lentidão, eu queria ser calmaria. Afinal, naquele dia eu podia ser tudo isso. Eu podia deixar o tempo passar sem me preocupar demais com o que viesse acontecer. Alguns não recomendariam que eu caminhasse tão distraído naquele lugar, alguns iriam tentar me acordar, ou sabe-se lá o que mais.
Eu não estava me importando. Entrei em todas as lojas, visitei todas as vitrines e nada comprei. Eu só queria passar o tempo. Eu só queria ser lerdo. Sim, eu me desejei lerdo aquele dia. Descansei, caminhei, entrei em várias lojas e gastava imenso tempo em cada uma delas. Sentei umas duas vezes pra comer alguma coisa e continuei meu passeio. Não aguentava mais andar, quando decidi voltar pra casa. Comecei a me dirigir à parada do ônibus. Mas, no meio do caminho, algo inesperado me fez acordar, algo que me tirou de toda aquela lentidão. Um susto muito grande. Eu atravessava uma rua e "acordei" ao ouvir umas palavras como se fossem ditas aos berros somente em meus ouvidos. Inicialmente eu não entendi, mas ela fez questão de repetir ainda mais alto:
"Quarenta nego bom é um reaaal!"
Mas eu não queria ser pressa, eu queria ser lentidão, eu queria ser calmaria. Afinal, naquele dia eu podia ser tudo isso. Eu podia deixar o tempo passar sem me preocupar demais com o que viesse acontecer. Alguns não recomendariam que eu caminhasse tão distraído naquele lugar, alguns iriam tentar me acordar, ou sabe-se lá o que mais.
Eu não estava me importando. Entrei em todas as lojas, visitei todas as vitrines e nada comprei. Eu só queria passar o tempo. Eu só queria ser lerdo. Sim, eu me desejei lerdo aquele dia. Descansei, caminhei, entrei em várias lojas e gastava imenso tempo em cada uma delas. Sentei umas duas vezes pra comer alguma coisa e continuei meu passeio. Não aguentava mais andar, quando decidi voltar pra casa. Comecei a me dirigir à parada do ônibus. Mas, no meio do caminho, algo inesperado me fez acordar, algo que me tirou de toda aquela lentidão. Um susto muito grande. Eu atravessava uma rua e "acordei" ao ouvir umas palavras como se fossem ditas aos berros somente em meus ouvidos. Inicialmente eu não entendi, mas ela fez questão de repetir ainda mais alto:
"Quarenta nego bom é um reaaal!"
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mimijei
C. disse...
16 de setembro de 2008 às 16:41
Muito bom!
Ri demais aqui!
Completamente inesperado!
Parabéns!
Eu já esperava algo completamente diferente!
Tu é um talento pô!
Vai longe!
Digomend disse...
16 de setembro de 2008 às 20:45
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
esse comércio popular que não nos deixa ser lerdos em paz!
muito bom!!!
=**
Anônimo disse...
16 de setembro de 2008 às 22:20
Podemos ser tudo todos os dias....
Ah, desacelerar o passo...ser o senhor das horas, buscar um auto-conhecimento...mto bom, mto importante...
E despertar com um final inesperado desses....kkkk....alegrou meu dia... e me fez sorrir...kkkk!
Bjs!
Fernanda Fernandes Fontes disse...
17 de setembro de 2008 às 11:47
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Essas coisas tem qui vim di tu ne Fraviu?!
Sei naum viu.
=p
=*
Anônimo disse...
17 de setembro de 2008 às 22:22
Ahhh...não agradeça!!! Merece!!!
:-)))
Beijão!
Josi Puchalski disse...
18 de setembro de 2008 às 10:56
Demorei um pouco pra entender a frase, sabe como é neh, mais pra paulista que pra pernambucana. =P
E aqui num tem nego bom =/ Ou num chamam assim neh...
Enfim, nossa muito inesperado msmo. Mas é o mundo moderno, não podemos mas nem andar por aí sem rumo, vagaroooooooosamente que aparece um vendedor gritaaaando! kkkkkkkkkkk
E como sempre, é talento pra dar e vender neh!
O beijo
Anônimo disse...
18 de setembro de 2008 às 23:02
Cara, tem dias que eu estou nessa também. O mundo todo parece se estapear e eu lá, zen...
Mas a realidade do "MARDITO UM REAL" grita nos fazendo lembrar que destoamos das multidões, e que estamos inseridos nela...
Droga!
Euzer Lopes disse...
19 de setembro de 2008 às 22:32
eu pensei q ia ser assaltado ou coisa assim.
a gnt as vezes precisa desacelerar pra não perder o compasso, pra lembrar que ainda é ser humano.
gostei muito do blog. principalmente do texto Gritei, deixei um comentzinho lá.
voltarei outras vezes.
qnd puder dá uma olhadinha no lugar de leveza.
abraços
=]
lorena disse...
20 de setembro de 2008 às 12:23