Cansada, triste e inconsolável. Não tinha como Leandra estar de outro jeito. Permaneceu triste e calada por alguns dias. Mal comia, não brincava e perdeu o sorriso que tão normalmente habitava o seu rosto. Será que aquela menina nunca mais iria sorrir? Dona Dina estava muito preocupada com a neta, mas também sabia que a menina não poderia demonstrar estar feliz se não estivesse. Acima de tudo, Leandra era um menina verdadeira.
Depois de um tempo sem querer falar, sem querer demonstrar que como se sentia, Leandra chegou perto de sua avó e disse:
- Vovó.
- Oi, minha filha. Que bom que você falou comigo, minha princesa. Você já está se sentindo melhor?
- Tô não, vovó. Mas eu queria lhe pedir uma coisa.
- Diga.
- Quero voltar lá pra casa. Eu já devia estar estudando.
- Minha filha, eu não posso deixar tudo aqui pra lhe levar hoje. Não que eu tenha muitos amigos aqui, mas a vida vida foi todinha aqui.
- Vovó, a senhora foi feliz aqui?
- Fui, minha filha. Eu fui muito feliz, sofri também, mas fui muito feliz.
- Eu também. Mas preciso voltar ao colégio vovó.
- E quem vai ficar com você, Leandra?
- Não sei. Talvez a mãe de Carlinha deixe eu ficar lá. Ela era a melhor amiga de mainha.
- É minha filha, você precisa estudar. Eu vou falar com essa mulher. Você tem o telefone de lá? Eu explico toda a situação pra ela. Mas não acho isso certo.
- Tenho sim.
Tudo que Leandra mais queria era sair daquele lugar, afinal, ela não tinha mais muitas lembranças boas de lá. Precisava conversar com alguém, nada melhor que a sua melhor amiga. Apesar de gostar da sua avó, não se sentia à vontade.
- Pronto, meu amor. Ela vai ficar com você.
- Brigada, vó.
- Agora vá se arrumar. Ela vem buscar você ainda hoje.
- Tá bem. Carlinha vem?
- Vem sim.
- Que bom.
Dona Dina começou a chorar. Ela não sabia o que a menina poderia passar. Ela não sabia como seria tratada, mas sabia que ela precisava sair daquele clima tão passado que viveu nos últimos dias. Depois de um tempo, chegou o carro de Raquel. Carla desceu e deu um forte abraço na sua amiga.
- Lê, que saudade. Eu soube o que aconteceu, mas a gente vai te ajudar.
- Brigada, Carlinha. Oi, dona Raquel.
- Oi, meu bem. Eu tô com um pouquinho de pressa, vamos?
- Vamos sim. Vovó, eu amo a senhora.
- Eu também minha filha. Eu te amo demais.
As duas se abraçaram com força e com muita saudade. Leandra foi embora. Depois da viagem, Leandra foi até a sua casa buscar suas coisas. Abriu a porta e logo de cara viu o sofá vermelho. Parecia que ouvia sua mãe dizer "Tira o pé do sofá, Leandra." A primeira lágrima caiu. Carla segurou a sua mão. Olhou a sala com um peso triste nos olhos e lembrou de todos os domingos em que se sentava com seus pais no sofá pra assistir a algum filme e comer pipoca com suco de acerola. As lágrimas se tornaram mais intensas. Deu uma olhada na cozinha, lembrou de sua mãe cozinhando. Entrou no escritório e lembrou-se do pai trabalhando. Subiu as escadas e foi ao seu quarto. Lembrou de sua mãe contando histórias pra ela dormir e de seu pai indo lhe dar o beijo de boa noite quando chegava do trabalho. Lembrou que não dormia antes de receber esse beijo e seu pai sempre achava que ela já estava dormindo. Chegou a esboçar um sorriso. Passou um tempo no seu quarto e com a ajuda de Carla, arrumou as suas coisas. Lembrou de seu pai indo acordá-la na hora de ir pra a escola. Enxugou as lágrimas e saiu. Tentou não entrar, mas não consegui e foi para o quarto de seus pais. Caiu e chorou tanto que não tinha forças pra se levantar novamente. Carla olhou pra a amiga e disse:
- Lê, a gente tá aqui pra te ajudar. Vem com a gente. Mainha disse que a gente pode ser sua família agora.
Carla começou a chorar junto com Leandra.
- Eles não deviam ter ido. Eles tinham prometido, Carlinha...
Elas se abraçaram.
Depois de um tempo sem querer falar, sem querer demonstrar que como se sentia, Leandra chegou perto de sua avó e disse:
- Vovó.
- Oi, minha filha. Que bom que você falou comigo, minha princesa. Você já está se sentindo melhor?
- Tô não, vovó. Mas eu queria lhe pedir uma coisa.
- Diga.
- Quero voltar lá pra casa. Eu já devia estar estudando.
- Minha filha, eu não posso deixar tudo aqui pra lhe levar hoje. Não que eu tenha muitos amigos aqui, mas a vida vida foi todinha aqui.
- Vovó, a senhora foi feliz aqui?
- Fui, minha filha. Eu fui muito feliz, sofri também, mas fui muito feliz.
- Eu também. Mas preciso voltar ao colégio vovó.
- E quem vai ficar com você, Leandra?
- Não sei. Talvez a mãe de Carlinha deixe eu ficar lá. Ela era a melhor amiga de mainha.
- É minha filha, você precisa estudar. Eu vou falar com essa mulher. Você tem o telefone de lá? Eu explico toda a situação pra ela. Mas não acho isso certo.
- Tenho sim.
Tudo que Leandra mais queria era sair daquele lugar, afinal, ela não tinha mais muitas lembranças boas de lá. Precisava conversar com alguém, nada melhor que a sua melhor amiga. Apesar de gostar da sua avó, não se sentia à vontade.
- Pronto, meu amor. Ela vai ficar com você.
- Brigada, vó.
- Agora vá se arrumar. Ela vem buscar você ainda hoje.
- Tá bem. Carlinha vem?
- Vem sim.
- Que bom.
Dona Dina começou a chorar. Ela não sabia o que a menina poderia passar. Ela não sabia como seria tratada, mas sabia que ela precisava sair daquele clima tão passado que viveu nos últimos dias. Depois de um tempo, chegou o carro de Raquel. Carla desceu e deu um forte abraço na sua amiga.
- Lê, que saudade. Eu soube o que aconteceu, mas a gente vai te ajudar.
- Brigada, Carlinha. Oi, dona Raquel.
- Oi, meu bem. Eu tô com um pouquinho de pressa, vamos?
- Vamos sim. Vovó, eu amo a senhora.
- Eu também minha filha. Eu te amo demais.
As duas se abraçaram com força e com muita saudade. Leandra foi embora. Depois da viagem, Leandra foi até a sua casa buscar suas coisas. Abriu a porta e logo de cara viu o sofá vermelho. Parecia que ouvia sua mãe dizer "Tira o pé do sofá, Leandra." A primeira lágrima caiu. Carla segurou a sua mão. Olhou a sala com um peso triste nos olhos e lembrou de todos os domingos em que se sentava com seus pais no sofá pra assistir a algum filme e comer pipoca com suco de acerola. As lágrimas se tornaram mais intensas. Deu uma olhada na cozinha, lembrou de sua mãe cozinhando. Entrou no escritório e lembrou-se do pai trabalhando. Subiu as escadas e foi ao seu quarto. Lembrou de sua mãe contando histórias pra ela dormir e de seu pai indo lhe dar o beijo de boa noite quando chegava do trabalho. Lembrou que não dormia antes de receber esse beijo e seu pai sempre achava que ela já estava dormindo. Chegou a esboçar um sorriso. Passou um tempo no seu quarto e com a ajuda de Carla, arrumou as suas coisas. Lembrou de seu pai indo acordá-la na hora de ir pra a escola. Enxugou as lágrimas e saiu. Tentou não entrar, mas não consegui e foi para o quarto de seus pais. Caiu e chorou tanto que não tinha forças pra se levantar novamente. Carla olhou pra a amiga e disse:
- Lê, a gente tá aqui pra te ajudar. Vem com a gente. Mainha disse que a gente pode ser sua família agora.
Carla começou a chorar junto com Leandra.
- Eles não deviam ter ido. Eles tinham prometido, Carlinha...
Elas se abraçaram.
Marcadores: Leandra
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Ah, tanta gente não deveria ir...não as que amamos...snif!
Mas seguir é necessário, fazer o que estão? É sentir saudds...
Olha que lindo q li estes dias "Saudades é solidão acompanhada. É quando o amado já foi, mas o amor não.", de Vitor Hugo...diz td né sobre as pessoas que amamos e que já partiram...
Lindo, mas triste.
Bjus
Fernanda Fernandes Fontes disse...
15 de outubro de 2008 às 23:26