Cheguei e sentei na primeira cadeira.
Assisti todo o espetáculo que você me dedicou.
Busquei, de olhos fechados, sonhos nos quais nunca acreditei.
E acabei enxergando que eles faziam parte de mim
Há muito tempo.
Peguei o copo e esperei você chegar.
Suas palavras eram como agulhas que feriam minha alma.
Desmoronei várias vezes por dentro
Como um castelo de areia destruído pelas ondas do mar.
Sem acreditar veio o adeus.
Não precisava mais de suco de morango.
Pedi uma bebida e mergulhei nela.
E acreditei que ela me faria tão bem quanto acreditei em você.
Comecei a ver cores e formas que não existiam
Até aquele momento.
Levantei bambo e saí urgentemente daquele lugar.
Não sabia pra onde ir e não sabia se iria.
Pelo caminho, falei bobagens com as árvores e elas me entendiam perfeitamente.
Algumas chegaram a me aconselhar e eu as ouvi
Até desmaiar.
Vomitei tudo que queria te dizer até ficar sem palavras,
Mas não foi pra você.
Libertei-me de toda vontade de te procurar e dizer o que estava sentindo.
Descansei meu pranto e fiz ele adormecer.
Desejei tudo que não podia enquanto estava ao seu lado.
Então vi que aquilo me faria melhor.
Desenhei corações por todos os lugares.
Não metades ou corações partidos.
Desenhei corações.
Porque sabia que eu agora estava inteiro.
Não acredito que tenho metade de um coração pra unir com outra metade.
Eu tenho o meu coração... Inteiro, vivo e pulsante.
E não preciso mesmo de metades.
Que foi tudo que você pôde me dar.
Quero corações inteiros.
Porque meio amor não existe.
Marcadores: Poemas
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nada como desabafar e expor todas as nossas indignações, sentimentos e "verdades"...
Aliás, belo texto. É, por um lado, triste. Mas por outro lado "satisfatório", traz de certa forma uma pontinha de esperança em encontrar um amor que seja por inteiro, que se entregue totalmente.
abraço
Marcos disse...
26 de agosto de 2008 às 22:34
muito bom.
demora pra gente perceber isso, né?
que somos nem precisamos de metade de nada?
ah, querido. muito bom.
amo você.
C. disse...
26 de agosto de 2008 às 23:40
A partilha deve ser soma, e não divisão...partilhar as alegrias, os desejos....metades, no amor, de nada valem!
Como sempre, amei!
Bjs
Fernanda Fernandes Fontes disse...
27 de agosto de 2008 às 00:51
"Quero corações inteiros.
Porque meio amor não existe."
Lindo, simples e profundo.
amei!
http://rosas-inglesas.blogspot.com/
Louise Mira disse...
27 de agosto de 2008 às 19:34
TEXTO DUCARAAAAALHO!!
só digo isso!
Gabriela Pessôa disse...
27 de agosto de 2008 às 20:29
e meio amor nào existe mesmo, se é amor tem que ser de corpo inteiro!
Réééé!
agradecendo os dois comentários na casa, tanto do Serenata, bom demais né!?!?! Bem escrito, claro e objetivo a redação né??
e Seu Jorge é muuuito bom! Diga ai! Flavitcho! BOm demais!!!! =)
obrigado pela visita, rapá!
Abrassss meu querido!
D. Martins disse...
27 de agosto de 2008 às 22:56
nada melhor que um belo e longo desabafo
as palavras parecem que perdem o peso e flutuam
parabéns!!
Anônimo disse...
29 de agosto de 2008 às 15:45
pois é, meio amor não existe, como já dizia Ferreira Gullar: "[...]metade de mim é amor...
e a outra metade... Também"
belo texto, é otimo uando percebemos isto!
Abração e obrigado pela visita!
abração!
D'AUMON disse...
29 de agosto de 2008 às 16:48
Muitas vezes tenho essa sensação que você descreveu tão bem. Dizer algo para alguém sem nem sequer se aproximar desse alguém, e mesmo assim se sentir livre do peso que oprime a alma. Parabéns pelo belíssimo texto.
Cintia Pereira dos S. Machado disse...
29 de agosto de 2008 às 21:12
Perfeito, de uma enorme sensibilidade!!! Partabéns mesmo. Voltarei sempre.
Aparece lá: http://minhasmisturas.blogspot.com/
Josi Puchalski disse...
29 de agosto de 2008 às 22:07
tb acredito que não se ama pela metade, ou é por inteiro ou não existe amor.
Bjo
Má disse...
2 de setembro de 2008 às 10:28
Um amor encenado
A meia verdade
Uma farsa inteira
Pedro BV disse...
3 de setembro de 2008 às 11:30
Realmente, não existe metade de amor, metade de coração.
Existe amor intenso. Amor total. Coração único.
Que junto a outro coração intenso de total amor ficam imbatíveis.
Sempre foi a sssim. E será assim para sempre!
Euzer Lopes disse...
4 de setembro de 2008 às 20:58
Flavictho! valeu pela visita =)
É realmente escrever brevemente e objetivamente é uma missão para poucos!!!!
abrasss! meu véi!
Tava com saudade já da sua visita na casa!!
D. Martins disse...
5 de setembro de 2008 às 00:56