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Abandono

O zumbido daquele mosquito sempre me incomodava. Ele passeava pelo meu quarto, enquanto eu lia meus livros e escrevia meus poemas, contos e canções.Sempre chegava perto de mim pra contar um segredo e eu impedia sua aproximação. Suas conversas não me deixavam concentrar e eu pedia que se calasse. Não queria ouvir seus segredos. Queria apenas meus livros, meus poemas, contos e canções, que me faziam sofrer toda vez que pensava naquela perda. Toda vez que eu lembrava que realmente havia acontecido tudo que eu mais tinha medo na vida. Eu estava completamente só e não era por méritos meus. Estava abandonado e condenado a amargar aquela vida vazia que me dedicaram e que fizeram questão de me fazer vivê-la.
Naquele lugar, eu sabia que nada me satisfazia, todos eram como eu, porque todos eram apenas eu. Agora velho, agora só. Fazia minhas palavras cruzadas e esperava que o tempo se encarregasse de me levar depressa.
Meu medo de ontem tornou-se minha realidade de hoje. Solidão, eu não sei administrar. E o que me resta é chorar e lembrar o que já me aconteceu de bom, até que o tempo venha me buscar.
Inseto com oito letras... MOSQUITO: a minha companhia mais fiel, até mesmo nas palavras cruzadas.

4 comentários:

antes de tudo, era pra gente aprender a ser só. simplesmente porque, somos sós.
mas solidão é diferente de abandono.

gostei. da coisa com as palavras cruzadas e tal. ei. poesias cruzadas tbm ocorrem.
=*

10 de agosto de 2008 às 17:55  

Solidão as vezes faz bem. A gente se encontra de verdade.

Ahh cara não precisa agradecer o selo não! Aqui é bom por demais, guri! =)

Gosto muito do jeito que tu escreve!!! =)

abras!

10 de agosto de 2008 às 23:04  

Mesmo sozinho há sempre um motivo para olharmos o céu.
Viver é assim. A vida tem destas coisas. O tempo caminha antes de nós e depois da nossa existência.

Gostei do teu blogue.
Voltarei outras vezes.
Um abraço... peludo.

11 de agosto de 2008 às 05:52  

Companhia a gente que faz...ou a gente que busca. Sei que nem sempre estamos sozinhos por nosso querer,mas basta olharmos direitnho a nossa volta que encontramos sempre um ombro amigo...ou um zumbido conhecido,rs, como vc disse.

Bjão.

12 de agosto de 2008 às 11:59  

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