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Ela

Ela me amou de início, de cara. Ela me ensinou a crescer de alguma forma que considerava certa, que acreditou que evitaria problemas, frustrações e machucados profundos. Ensinou-me os beijos de boa noite, só pra conferir se era obediente e pra me fazer um carinho que me lembraria pra sempre. Contou-me histórias, remediou minhas feridas e pulou minhas felicidades junto comigo. Gritou quando achou que devia e errada também implicou quando não precisava.
Ela me ama como me amou de início, de cara. Eu cresci com minha vida, meus problemas, meus segredos e minhas coisas, mas o amor eu sei que não mudou. Difícil é pensar nisso nos momentinhos de raiva. Posso não ser o que sempre quis, posso pensar demais em mim, posso frustrar o tempo todo e desacreditar me colocando sempre mais e mais abaixo. Mas ela acredita e me diz que eu sempre pense positivo. Diz que se o meu começo é negativo, meu final não vai ser positivo. Que se eu pensar que vai dar certo, eu tenho o poder de fazer funcionar. Eu não costumo acreditar, costumo dizer "Não pessimismo, mas realismo." Pra que tanto realismo? Se, ao acreditar, as coisas podem ser transformadas. Ela me ensinou fé, me ensinou luta e não desistência, mesmo quando dificilmente algo pode acontecer. Maldito realismo, agora prefiro acreditar e transformar, graças a ela.

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