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Conclusão

A chuva desaba do lado de fora de uma janela, mais uma vez. E as lágrimas que caem do seu rosto não são de alegria. Podem ser tristeza prematura, podem ser um amor perdido ou simplesmente um tempo para o qual seus planos não estavam preparados.
Passeando os olhos por fora daquele quarto, pensou que ele poderia chegar, se arriscar no meio da forte chuva e gritar o amor que sentia, mas ele não o fez. Amanheceu, o sol veio clareando não só o dia, mas os passos, o interior e os vislumbres de um amor próprio. Ele não apareceu e nem se expôs por algum tempo, mas em seu coração não havia arrependimento por tanto demonstrar amor.
Tive pena daqueles olhos que desabavam como as fortes chuvas devastadoras. Mas eu podia sentir que seus sentimentos poderiam mudar a qualquer momento. E mais um dia veio chuva, vieram lembranças e se foram os sonhos. E caminhando pelas ruas, encharcando os pedidos de desculpa, sentou-se num banco, chorou e não se esforçou pra secar as lágrimas. Vi quando a chuva parou por uns instante e se levantou, correu um pouco e logo parou em frente à casa dele. Tocou a porta, mas não teve coragem de bater. Ficou assim por alguns breves minutos, sentiu-se impotente, desinteressante e nem um pouco bem. Confundiu as coisas, as pessoas, os nomes e voltou para seu quarto, onde chorou até amanhecer.
Mas, por alguma razão, para ela o dia não amanheceu.

1 comentários:

Uma coisa pra se considerar. Vi seu perfil, vi suas páginas. Visitei dois blogs antes de encontrar esse e quase não acreditei. Noutros, onde você se mostra informal e engraçado, não me identifiquei, confesso. Mas ao ver esse texto... Cara, adorei! Sou muito fã de narração, vivo escrevendo coisas desse tipo, mas os temas não chegam a ser poéticos, mas bem bobinhos mesmo, rs. Na minha primeira tentativa de escrever um livro eu começei com as palavras "A chuva batia fina na janela do sexto andar..." Ainda me lembro! HAHA. Pelo visto eu não o único que curte transcrever a chuva para o lirismo e transmitir isso. Seguindo aqui rapaz õ/

5 de janeiro de 2011 às 22:46  

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