Desafio

Bom, recebi um desafio lá dos confins dos Poemas Tardios. Sendo assim, devo listar 5 livros que eu indico e mais um que deve ficar lá na prateleira só enchendo de poeira. Enfim, chore!


Pra começar eu indico Pollyanna de Eleanor H. Porter. O bom dele é que a menina sempre procura ver o lado bom das coisas. Faz um tempo que li e gosto muito (mesmo que alguns achem graça ¬¬).







O segundo é Capitães de Areia de Jorge Amado. Lembro que eu tinha que lê-lo pra fazer o vestibular, mas eu gostei tanto que terminei em dois dias. Adiantou minha meta de ler um livro a cada duas semanas na época. Grande Jorge Amado. E eu fiquei triste por conta de Dora, mas nem lembro mais se ele tava lá na prova do vestibular. Se estava, provavelmente, eu acertei.. Ou não. :X




O outro foi o último livro que eu li. A cidade do Sol de Khaled Hosseini (É... aquele de "O Caçador de Pipas" mesmo.) Como eu falei num post anterior, é muito difícil me fazer chorar. Esse livro me emocionou um monte, mas não me fez chorar, não. Foi por pouco. A frase final dele é linda. Enfim, recomendo demais. Gostei mais dele do que do "Caçador". Chore!






O Cortiço de Aluízio de Azevedo é o próximo. É muito bom. Adoro esse livro. Li um ano antes do vestibular, gostei muito, muito, muito. O João Romão lá com a Bertoleza é o 10. Enfim, é ótimo, é ruim, é ótimo... =D




Os Contos de Machado de Assis eu adoro. Já li umas duas vezes e já vou ler de novo. Nossa, não consigo falar. =]








Já falei dos 5 que eu recomendo... Mas o outro que deixarei apodrecer foi o trauma da minha vida. Gente, não vou falar mais nada. Quem me acompanhou nesse trauma sabe o que é isso. Mudança Estrutural da Esfera Pública de Jurgen Habermas.

MEDO!

Nada contra ele, mas ele deu uns nós na cabeça da gente que estão até hoje. Um dia posso até pegar pra ler de novo. Ou não...


Chore!

É isso gente. o/

Eu até devia passar, mas nem vou. :X

:*

Domingo

Era nos domingos que eu era feliz. Nesses dias já acordava com um sorriso no rosto muito expressivo. Aliás, eu já ia dormir no sábado com esse sorriso. Por muito tempo eu preferi o domingo. Por muito tempo eu me jogava em momentos de alegria. Pulava, dançava, eu era feliz, feliz como nunca ninguém poderia sentir o gosto de ser. Tão feliz, tão feliz que podia ser eu e nem me importar. Acontece que tudo muda. Até os domingos mudam. Até os domingos. Nada de felicidade, um sábado, um sorriso, um domingo, uma decepção. O domingo me levou pra longe. Pra os lugares mais frios em que nunca quis estar, pra lugares tão cruéis que jamais me fariam feliz. Meus domingos não existem mais, nenhuma horinha deles. Foi no domingo que um dia me achei e é no mesmo domingo que me perco. Mas se for assim, que seja pra não me encontrar mais.

Sexta Insana

Era uma sexta feira. Haveria aula à tarde e os três tinham preguiça só de pensar que deveriam esperar das 12h às 14h pra assistir a essa tal aula.

Precisavam de algo para passar o tempo. E por que não irem à biblioteca estudar?! Ótima idéia! Foram e começaram a conversar e observar as pessoas e riram demais até perceberem que não conseguiriam estudar. E agora? O que fazer para passar o tempo? Comer é uma boa, e lá se vão os três amigos. "Hamburguer em pão de caixa? Como assim, gente?" Acabou sendo a escolha. Um hamburguer, queijo, presunto e, de brinde, um gostinho de ovo (e nem estava no cardápio). Terminado o lanche, é hora da digestão. "Eu trouxe a máquina pra a gente tirar fotos." Então resolveram procurar um lugar feliz e encontraram umas salas coloridas, muito a cara deles. Depois da "sessão", ainda falta mais de meia hora pra começar a aula. O que fazer? "Vamos pro corredor da sala. É o jeito." Mas, antes de chegarem lá, eles precisam transgredir, precisam sentir uma emoção forte, enfim, precisam de um pouco de adrenalina. "Vamos roubar um cartaz, gente!" Os três concordam e, depois do ato, vão para o tal corredor. Sentam-se, criam uma música completamente louca e vêem um de seus professores passar e comentar:
- O que vocês estão fazendo aqui essa hora?
- É aula professor.
- Tá, dois minutos.
Enfim, 14h. Mas onde está o professor? Quase todos os alunos já chegaram e nada dele. "Vamos fazer uma ata? Eu começo aqui!" Mas de nada adianta, no limite da tolerância, o professor chega e todos vão pra a aula. E vão felizes... Chore!

Uma Manchinha

É assim que me vejo:
Ruminando desejos que não podem ser alcançados ou sequer revelados.

No espelho,
vejo a imagem de uma face covarde.

No peito,
vejo o medo de se expor demais.

Nos braços,
vejo a fraqueza de quem não sabe o que quer.

Nas pernas,
vejo a falta de esforço pra se chegar onde pretende.

Nos olhos,
vejo uma alma que clama por um socorro que não existe e acaba deixando cair uma, duas, várias lágrimas.

No corpo,
vejo todos os sinais da falta de coragem e persistência.

Na pele,
vejo a palidez de uma vida sem cor e sem razão de ser.

Na roupa branca,
vejo uma manchinha verde que não sai.
Não importa como se tente tirá-la.
Ela não sai.
Jamais sairá.
Ela é a última.

Pedacinho de Mim

Um rapaz com 20 anos de idade, um caderno e um lápis: é esse o tal do Flávio. Como toda pessoa tem suas dúvidas, erra tanto, mas quando sabe que errou se arrepende de um jeito que dá pena. Tem um coração limpo, fruto de sua mania de não guardar raiva ou qualquer sentimento negativo. Mas isso não significa que ele seja um anjo, um santo ou que não passe por momentos de raiva. Ele acredita em muita coisa e, acima de tudo, tenta acreditar nele mesmo. Não consegue perceber seus talentos, se é que os tem. Também não gosta de parecer uma pessoa metida, às vezes ele até é, mas não se sente bem ou não percebe. Tenta gostar de todo mundo, ele se esforça, mas nem sempre ele consegue. Deseja muitas coisas, tem ambições, necessidades e muitas outras coisas que qualquer pessoa pode ter. Arrancar um sorriso dele é muito fácil, ao passo que é muito difícil vê-lo chorar, não que ele seja insensível, não que ele seja frio, ele apenas não consegue. Tem vezes que ele até tenta chorar pra aliviar alguma tensão, alguma coisa ruim que sente, mas é muito difícil. Ele é espontâneo e por vezes mal interpretado, mas não se importa, ele só quer ser feliz. Quer viver a vida dele, até porque é dele mesmo e não suporta que falem por ele. Pode até não mostrar muito, mas ele tem voz e algumas opiniões.

Discute com pai, mãe, só não tem irmãos pra isso. Acredita no amor e aprende, cada vez mais, a se livrar de preconceitos bobos. Seja qual for seu tipo, preconceito não cabe nas suas preocupações, ele tenta ser justo. Não gosta de fazer julgamentos prévios das pessoas, procura conhecê-las antes de ter qualquer tipo de opinião, afinal, é só conhecendo que qualquer (re)ação, seja de quem for, pode ter um fundamento. Sabe que cada um é o que é e não vê problemas em se adequar às situações. É meio louco, mas gosta de falar a verdade. Já amou demais e talvez soubesse que não devia, mas amou. E ele deixou de acreditar no amor? Nunca! Formas de amar tem várias. Gente pra amar também. Claro que nem todos da mesma forma ou com a mesma intensidade, mas amar seja quem mereça. Ele se contenta com tão pouco, talvez seja um bobo. Adora tirar fotos e dizem que ele é fotogênico, apesar de ele não se achar bonito. Ele é meio desengonçado, não é do tipo que chama a atenção. Tão magrinho… coitado! Tem vontade de ganhar doze quilos, só que não consegue.

Adora sorrisos, aqueles verdadeiros que te banham de prazer, sabe? Ele ama. Também gosta de abraços: demorados ou curtinhos, de todos os tipos e vindos de quem vierem, desde que sejam verdadeiros no momento. Ele gosta de abraço com o coração e a alma e vontade e amor (em qualquer de suas formas). Tem uma família grande que ele adora. Tem crenças que às vezes põe em dúvida, mas que são a base dele desde muito tempo. E o que é um homem sem base? Talvez seja mais cômodo continuar com elas, mas é assim que ele prefere. Adora crianças (dos outros), ele acha a coisa mais linda do mundo e fica com aquela cara de bobo-babão olhando pra elas. E quando elas riem? Ele se desmonta!

Seus amigos são todos especiais, ele ama demais cada um deles. Mesmo que haja alguns que não lembrem muito dele, ele ama, até porque já fizeram parte de muitos tempos importantes de sua vida. Os amigos são tão importantes pra ele. Sejam os de qualquer lugar: colégio, faculdade, interior até mesmo os apenas virtuais que nem por esse motivo ele gosta menos. Todos são muito importantes e representam muito pra ele. São força, são paz, são companheirismo, são muitos dos amores de sua vida. Ele se sente só às vezes, mas não que ele seja só, é que são sentimentos, sensações que ele não consegue explicar. Ele ri de pessoas, assiste a novelas, adora ver cenas fortes (fortes lê-se de barraco), tenta ser simpático e ter bom humor sempre.

As músicas que ouve são das mais variadas, ouve de tudo esse menino... E gosta! Ah, ele odeia ter que fazer a barba, mas, enfim, é o jeito. Gosta muito de ler, e quando está empolgado não consegue fazer mais nada por conta da vontade de terminar. Também assiste a filmes, de todos os tipos, e quando não gosta, definitivamente, não gosta! Inclusive, ele ri muito dos filmes que não gosta, ou de qualquer um. Sempre arruma um motivo pra rir. Medo dele. Não gosta de brigar, nem discutir, fica um clima muito chato e ele se sente mal. O mesmo que ele sente quando trata alguém mal, ele não gosta e procura respeitar ao máximo. Às vezes fica pensativo e cabisbaixo e as pessoas acham estranho, mas ele precisa desses momentos. Não agüenta que joguem lixo no chão, tem agonia. O mesmo que sente quando vê uma pochete. Cria personagens e escreve textos que o refletem, ou não. Ele peca sim, mas tem o coraçãozinho puro até onde dá, não precisa de fogueira. As coisas mais simples o fazem feliz e ele busca sempre mais e mais felicidade. Flávio é isso: alegria, erro, tentativa de melhorar, é simplesmente ele e quer viver a sua vida sem ninguém pra dar pitacos. Até porque a vida é dele e de mais ninguém.

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