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Tímida Devoção

O que há de mim nas vezes de alegria
é tudo que não sonho em findar.

É sentimento de preencher corações,
de ser inserido e de estar complementando.
É sentimento de caber em toda necessidade,
de sentir verdade em cada mínimo olhar.

Sou devoto de tuas manias,
de teu sorriso,
de tua boca que me faz perder toda a certa direção.

Sou necessitado de teu abraço,
de teus carinhos,
de teus braços que me abrigam e espantam a insegurança.

Sou fonte interminável de teu prazer,
e se me pedes não saberei negar tuas precisões.
Sinto-me preso ao teu cheiro,
a cada fio do teu cabelo,
a cada pelo de teu corpo em que sinto me segurar com força
para encontrar minha felicidade.

És certamente meu ponto de equilíbrio,
porque toda vez que não estás
- ou que dizes estar indo embora -
eu sinto que as possibilidades de felicidade diminuem constantemente
e aos poucos tornando tudo doloroso.

Sou devoto de tuas não palavras,
que me fazem entender que me queres por perto.
Sou devoto de tudo que és,
porque me entrego e estou ali.
Aguardando tua vontade,
tua aproximação.

Mas quando percebo que vens,
meus olhos se fecham por estúpida timidez
e tu não consegues ler tudo que te digo,
tudo que está guardado em mim.

E quando passas por mim,
sonho com o dia em que irás por curiosidade
perguntar o que guardo em meu olhar.
E ao encontrares devoção em meus olhos
a timidez apartará de mim,
porque a felicidade se fará completa.

1 comentários:

Olá Flávio!
Vim apreciar seu blog.
Apesar da demora de passar por aqui, o seu espaço continua muito belo.
Parabéns!
xeros

27 de outubro de 2010 às 19:35  

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