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Dos Olhares e Suas Intimidades

Tudo pode acontecer
na primeira vez que os olhares cruzarem.
Um medo pode ficar,
calafrios, sorrisos ou alívios,
até um amor pode nascer.

Quando o silêncio parece absoluto,
os olhos podem falar
até mais do que se imagina.
Os olhos podem dizer
aonde ir, onde ficar, o que fazer.

Quando existe tensão nos olhares,
não se acaba ao fechá-los.
Os olhos parecem querer buscar,
os olhos são curiosos e ousados.
Procuram, caçam e podem se esconder.

Meus olhos podem não crer,
podem parecer despreparados,
despreocupados e vagos.
Mas só eu sei o que meu olhos querem
e o que meus olhos podem suportar.

No íntimo de um olhar,
tudo também pode acontecer,
pois isso não é revelado,
mas também não é ocultado.
É uma deliciosa confusão: o mistério.

Quando os olhos querem se mostrar,
eles sabem a quem ou a quê.
Eles não precisam de grandes esforços,
nem de terceiros, nem de influências.
Os olhos são seguros de si.

São firmes se o desejo está certo.
Mas podem desviar, lacrimejar,
ou encher de brilho e iluminação.
Brilho que por consequência,
não permanece num ponto, espalha-se.

Quando os olhos brilham, é fácil saber,
mas não se sabe de onde podem vir,
as razões de tal efusividade.
Meus olhos hoje brilham de tanto querer,
meu coração brilha por saber que é certo.

Se meus defeitos são grandes, são tão meus
que meus olhos podem esconder do mundo,
mas de você não consigo.
Quero que me conheça de todas as formas,
assim como quero eu também quero de você.

Aos meus pesares, por ora sem alvo,
um soluço, um engasgo, pretensões.
Aos meus desejos, um tanto de adição.
Aos meus sonhos, menos significados.
E, aos meus olhos, os teus.

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