Eu não deveria
pensar nas vezes
que lilás te desfizeste de mim
e me deixaste em prantos e
pretos e brancos.
Por que cores?
Por que leves tecidos me dizes?
Se sempre vais e
me deixas em lona
pesada e sufocante?
Corre por teus dedos
o meu sangue vindo
do ponto errado que destes nessa costura.
Porque não soubestes refletir e ver
que certos remendos não se fazem.
E não são necessários,
já que vão estragar tudo outra vez.
Não penso nos dias que
me destes seda como prazer.
Penso em quando me destes
o pior jeans pra refletir.
Sabias que não sou
a favor de certas peles,
mas até a minha tirastes e me deixastes sangrando.
Sangrando sem imaginar.
Sangrando sem refletir.
E manchei todo o chão.
Não que fosse imaculado,
mas não era merecedor de
tantos retalhos descombinantes
e vergonhosos.
Sim, estive em retalhos
e não pensastes que isso poderia ter acontecido.
Hoje, eu não pretendo que fiques mal.
Só quero que saibas,
que os retalhos me foram costurados
com dor.
E que sou vitorioso,
porque jamais alcançarás
ou retirarás de mim
um retalho que seja.
Marcadores: Poemas
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial
"Não penso nos dias que
me destes seda como prazer.
Penso em quando me destes
o pior jeans pra refletir."
Que poema mais lindo, Flavitcho!!
Amei, e tu sabe que sou teu fã!!
Marleudo Costa disse...
24 de fevereiro de 2010 às 16:03