Tristeza bonita de se ver.
São palavras carregadas de sentimento ruim de beleza única.
São pontos contraditórios que traduzem o mais íntimo de um sentimento.
No fundo, a alegria tem uns toques de tristeza.
É aquele sentimento que nos tira as lágrimas após um apagar de luzes
e um abraço no travesseiro.
É aquele sofrimento abafado pelo abrir de um chuveiro.
É aquele enfraquecer ligeiramente camuflado por um sorriso em transparente.
Quando me ponho de canetas e papéis,
surgem os sentimentos angustiantes repetidas vezes
como se não fossem parar
como se não fossem sair
como se não quisessem abandonar
como se não fossem sair
como se não fossem parar.
Os sentimentos a serem contados sofrem,
clamam e se debulham em poucas ou nenhumas alegrias.
Terminam com os restos de nós,
com os poucos que vão ficando das reflexões de cada dia,
com os nadas que nos restam depois de cada fim.
O sofrimento é impossível de se mensurar,
mas o belo sentimento fica,
como se fosse tudo bom,
como se valesse sofrer para estar em incrível beleza nas palavras dos poetas.
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Quero ser o ponto mais alto de teus desejos.
Teus motivos de querer.
Tuas forças pra seguir.
Teu tudo.
Quero ser o que não sou
e acreditar que basto,
porque às vezes sinto como se
não mais.
Quero fazer o máximo,
quero ser o que gostaria
e prender o bem que você me faz
até que me machuque o suficiente
pra eu não conseguir mais suportar
e deixar que você vá (de mim).
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Se eu fosse rico
e tudo pudesse comprar,
faria uma redução de sentimentos.
Em clínica reconhecida,
ou num fundo de quintal clandestino,
livraria todo meu apego,
tudo que me faz depender,
estaria leve,
levado pelos ventos
como o lenço de Tieta.
À espera de uma felicidade qualquer,
de qualquer felicidade que dependesse apenas de mim
e que fosse aparentemente eterna
como essas de fim de novela.
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Quando quero,
se não queres,
torço para não querer mais.
Se o querer continua,
tento desmanchar-me em ocupação
e em pensamentos que não me levam
de onde nunca saí.
Acredito que por não querer.
Quando quero,
se não queres,
imagino o que te faria voltar.
E se não voltas,
tento não desejar,
tento não querer,
tento não lembrar,
tento ser eu: coisa que não sei mais.
Quando me dou conta de teu abandono,
esqueço tudo que passa pela cabeça
e me proponho inteiramente vazio.
Quando quero,
se não queres,
apenas não sei mais o que fazer.
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