Ela amava profundamente. Todas as forças, todas as lágrimas, toda sua fé, tudo foi depositado aqui. Numa relação sem base, nada do que era depositado permanecia Ela era quem mais sofria, ela tentava de todas as maneiras ser perfeita, ideal. Chorava escondida por não aguentar mais se humilhar num lugar onde ela não cabia. E tudo isso porque amava profundamente. Todos os dias deixava as lágrimas fazerem sua parte, o que ela achava necessário para dar certo. Acontece que na realidade ela não tinha como saber o que poderia, o que deveria dar certo. Ela se esforçava e seu sofrimento vinha por crer sem acreditar. Não adiantavam os discursos de "dê a volta por cima". E ela se transformava numa pessoa ridícula para seus "amigos". E o que essa mulher sofria, ninguém tinha noção. Acontece que ele não existia mais. Ele não era o que ela acreditava e não havia formas de voltar. E ela preferia sofrer. Até que ela resolveu encontrá-lo, preferindo não sofrer, mas não conseguiu, porque amava profundamente, mas na superficialidade. Sem maiores sofrimentos, as coisas mudaram. Ontem: sofrimento descabido. Hoje: pausa para viver.
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Pensando nas multidões,
cheguei e sentei.
As mortes, as questões e
os grandes pontos de interrogações.
Tudo na cabeça.
Martela,
martela,
martela.
Pensei que fosse, por mil vezes, seguir
e durar,
pra sempre.
Mas não é que às vezes
passa a ser regra.
E a regra não condiz com o que se quer.
Reflita,
reflita,
reflita.
Sombras de dúvidas estão
pairando e pareciam não existir.
Bobagens seriam feitas,
se fosse pensado bem,
mas nada faz com que se
relute,
relute,
relute.
Predominaram as imaginações
e mais coisas que não sei.
Só o que se confirmou
é que certas razões não são razões.
Esqueça,
esqueça,
esqueça.
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