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Um Desejo

As necessidades são enormes

e tudo que se faz, não se transforma.
Os desejos são exagerados, são precisos.

Alguns preciosos,
outros de desconfigurações.

As dualidades tomam conta,
uns se vão
e surge um único desejo:
vários lápis de cor e um livro de colorir,
apenas.

'Eu' e 'Você'

E se vai aquela chance de um tanto de prazer.
E se perde um pouco das vontades anteriores.
E se aborrece com o agir do outro.

Reclama das paredes, das tomadas de uma casa
que abriga desde sempre por não ter do que falar.

O que acontece reflete complicações e necessidades.
Não necessariamente má vontade e vingança.

Pensando um pouco mais, entende.
Só que uma coisa leva aos absurdos,
se diz portar sinceridade,
mas ignora falas e desejos.
Se diz verdade a todo custo,
mas aparenta não perceber quando não o é.

Cada um é um pedaço de si próprio,
até que sua plenitude seja percebida
e tudo comece a ser vivido no total.

Uma barreira enorme separa um eu de um você.
Não existem eu e você como um.
Existe um eu e um você.
Pode existir um eu e você, mas repleto de individualidades.
Pensando bem,
o que existe no fim de tudo é o 'eu',
porque o 'você' é apenas um interesse de satisfazer esse 'eu'.
E, depois de alcançada a satifação,
'eu' e 'você' somos apenas pronomes.

Carne

Fazes o que queres
de tudo que se aproxima.
Pensas que o corpo,
que a carne é apenas carne.
Acreditas que meu coração puro
é um portal de amor que não se acaba.
Continuas usando de carnes alheias a mim
e provocando meus sentidos e esquecendo meus sentimentos.
Cobras de mim toda pureza desse amor no coração,
mas tuas bobagens não me fazem cego.
Conheço cada passo teu e te digo:
não me magoe,
o coração também é de carne e,
por mais sentimento que o deixe brilhar em pureza,
sua base é carne,
e, por consequência, fraca.

Meu Ser Incompleto

Às vezes eu chego a pensar que não sei o que eu quero,

porque poderia simplesmente me livrar do corpo
e dos sofrimentos pouco a pouco com o tempo.

Depois de refletir, rever e repensar incessantemente, descubro.

Eu sei o que eu quero,
sei tanto que não me desapego do corpo pelo simples fato de saber que,
caso isso aconteça,
terei que pouco a pouco me desfazer dos sofrimentos e,
quando esse tempo finalmente acabar,
é o fim.
E isso eu não quero.

Eu posso me chamar de idiota,
por ser um, por fingir ser um, por querer ser um.
No final das contas,
todo sou de idiota por um amor que faz a minha felicidade completa,
mesmo vindo incompleto.

Das Feridas

Parei com a raiva de não poder controlar as vontades de teu coração.
Parei com o medo de cada aproximação e de cada palavra trocada
fora de mim.
Esqueci o que me movia lá pras bandas de teus sentimentos
e aprendi que eu só posso fazer o que eu posso fazer.

Se há forças maiores que ti,
que elas te façam feliz,
pois a sensação é que eu não posso mais.
Se há motivos de um sorriso de verdade nos teus lábios,
independe qual seja,
se é o que te faz bem.

Quando as portas estiverem fechadas,
não penses que estarei atrás delas chorando,
porque sei que isso vai te fazer mal.
E tudo que quero é o que te faz o bem.

Quando as letras estiverem borradas,
quando os soluços estiverem altos
e quando o amor estiver aparentemente no fim,
não penses que não amo mais,
não me imagines em prantos,
isso não te fará feliz.

Quando tudo for indício do fim,
não penses que não morreria por ti.
Apenas seja feliz
e me deixe cuidar de cada uma dessas feridas
que nunca se fecharão
e que nunca me deixarão te esquecer.

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